
Não é de agora que se trava um debate mundial sobre a desigualdade econômica. Mas nos últimos anos ganhou força a tese de que é preciso reduzir as disparidades para o mundo avançar. Muitos são os economistas, sociológicos, políticos, jornalistas e pessoas das mais diversas áreas e atividades que defendem uma melhor distribuição das riquezas como forma de impulsionar a economia globalizada.
Dois nomes contemporâneos de destaque na mídia travam uma “batalha” com os defensores da manutenção do status quo. Eles reforçam o trabalho daqueles que buscam novos caminhos para tornar o planeta mais justo quando se trata de usufruir de todos os bens que a humanidade produz.
O francês Thomas Piketty, autor de O Capital no Século XXI [Le capital au XXIe siècle], provocou fortes reações ao demonstrar que hoje caminhamos para uma situação em que a concentração de renda atenta contra a democracia. A tese de Piketty é que a receita do capital predomina no topo da distribuição de riquezas, e não a renda do trabalho.
Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia de 2008 e colunista do jornal The New York Times, observou em recente artigo que estudos de um grande número de pesquisadores deixam claro que níveis mais baixos de desigualdade estão associados a crescimento maior, não menor. Para ele, “não há evidência de que tornar os ricos mais ricos enriquece uma nação como um todo, mas há forte evidência dos benefícios de tornar os pobres menos pobres”.
Governos, legisladores e grandes e médias corporações, responsáveis pela produção de boa parte dos bens e serviços do planeta, deveriam abraçar a causa da desconcentração de renda. Há bilhões de pessoas no planeta que necessitam de alimentos, computadores, internet, remédios, moradias, escolas, universidades, eletrodomésticos, livros, transporte não poluente e tantos outros bens, mas não dispõem de recursos. Esse bloqueio trava o desenvolvimento.
O PIB per capita do mundo se aproxima de US$ 11 mil. Um pobre indignado pode afirmar, “ora, alguém está com a minha parte. Eu não ganho tudo isso”. E tem razão. Mais de 1 bilhão de pessoas sobrevive com menos de US$ 1,25 por dia. E outros bilhões sobrevivem com menos de US$ 5.
Riqueza para acabar com a miséria no mundo há de sobra. Falta distribuir melhor o bolo. A elevação da renda dos mais pobres propiciaria um ciclo de expansão econômica e do bem-estar social jamais vivido pela humanidade. Todos ganhariam,
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