Mansão onde Sérgio Machado deverá cumprir pena. Foto: Reprodução do Google Maps.| Foto:
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A reportagem de capa da revista Carta Capital deste fim de semana revela uma realidade que deve causar indignação a muitos brasileiros. O trabalho jornalístico mostra a boa vida dos investigados na Operação Lava Jato que firmaram acordos de delação premiada.

Com o título “A doce vida do delator”, a reportagem afirma que muitos delatores estão gozando os privilégios que conquistaram com participação de corrupção na Petrobras e outros esquemas de desvios de recursos públicos.

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Um dos delatores é o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que deve cumprir pena de dois anos e três meses em prisão domiciliar em sua mansão em área nobre de Fortaleza, no Ceará.

A casa luxuosa no Bairro Dunas, no litoral da cidade, tem quadra poliesportiva, piscina e garagem para 10 carros.

A vida de luxo de alguns condenados da Lava Jato que assinaram acordo de delação premiada já havia sido revelada por outros jornalistas. Em setembro do ano passado, o jornalista Lauro Jardim publicou foto do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco curtindo a praia e o céu azul de Angra dos Reis no dia 19 de julho passado.

De acordo com Jardim, o ex-diretor alterava “baforadas num charuto e bebendo uma cervejinha”. “Sua rotina em Angra, segundo vizinhos, continua parecida com a vida que levava antes que suas falcatruas fossem descobertas. Costuma, por exemplo, passear na horta (cujo terreno foi comprado por 2 milhões de reais) que fica ao lado de sua casa, sem seguranças, invariavelmente com um copo de uísque ou cerveja nas mãos”, escreveu Jardim.

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Barusco admitiu ter depositado só em bancos suíços mais de R$ 380 milhões – em valores do dólar de hoje. Se há depósitos em outros bancos em paraísos fiscais espalhados pelo globo não foi divulgado.

Em troca da delação, a condenação de Barusco é em regime aberto, prestação de serviços à comunidade e relatórios bimestrais [portal Conjur].