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A rasteira do jornalismo movido pelo ódio

Ilustração: Hasan Abadi

Ilustração: Hasan Abadi


As imagens da jornalista húngara Petra László chutando crianças refugiadas e dando rasteira em pai com filho no colo é um flagrante do desvio ético e do mal que existe na ação de alguns jornalistas.

A cena humilhante, ocorrida na fronteira da Hungria com a Sérvia, denota os danos que jornalistas causam quando agem com motivações xenófobas. Petra László é classificada ideologicamente como “nacionalista extremista”, que odeia imigrantes.

No Brasil também há registro de profissionais que atuam impulsionados por ódio, seja de classe social ou por ideologia. Os casos vão de jornalistas que defendem justiça com as próprias mãos contra delinquentes a aqueles que apoiam causas e movimentos contrários à ordem democrática.

Petra Lászlo procurou justificar sua ação infâmia, mas a emenda saiu pior que o soneto. “Simplesmente pensei que estavam me atacando e que precisava me proteger”, afirmou.

As imagens são claras. Em certo momento a cinegrafista deixa de filmar [o que é sua função primordial] para dar rasteiras em refugiados.

Em sua página no Facebook, Petra postou um vídeo (veja abaixo) que mostra policiais espancando imigrantes na Macedônia. A jornalista pergunta: “Por que você não julga isso?”. Denunciar a violência policial é função dos jornalistas, mas não vai inocentá-la.

A liberdade de imprensa não pode ser confundida com intolerância. Esses casos mostram a necessidade de qualquer categoria profissional se organizar para garantir os princípios éticos na profissão.

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