Ainda sob o efeito das manifestações das ruas, primeiramente a Prefeitura de Curitiba veio a público dizer que não bancaria os aumentos dos custos da obra de ampliação e reforma da Arena da Baixada. Agora foi a vez de o governador Beto Richa afirmar que o Estado não colocará dinheiro extra no estádio.
A farra com o dinheiro da população nas obras para a Copa mostra, mais uma vez, que é preciso melhorar os mecanismos da democracia no Brasil. Gastaram bilhões de reais – e boa parte foi para o ralo da corrupção – sem o consentimento dos eleitores, sem saber se a maioria dos brasileiros queria mesmo contribuir com as obras, deixando ao abandono outros setores mais necessitados, como educação, saúde, habitação e saneamento básico.
Na época dos militares, o futebol era usado para fortalecer o regime. Hoje, em tempos de eleições, os políticos usam os mandatos dados a eles pelo voto para fazer o que bem entendem com o dinheiro público.
Está na hora de abrir espaço para a democracia direta. Se fosse perguntado para a população, por meio de consulta popular, se ela estaria de acordo em gastar dinheiro público com estádios de futebol, certamente a resposta seria “não”. Esse “não” seria ainda mais retumbante quando se trata de estádios privados, de clubes.
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