A novidade das eleições nos EUA não é o magnata republicano Donald Trump. A sensação é o socialista democrata Bernie Sanders. Depois de empatar com nas primárias de Iowa, o senador venceu a disputa no estado de New Hampshire.
O sanderismo, como está sendo chamada a nova onda, começa a ganhar força de terremoto, mas Hillary ainda é favorita no campo democrata.
Sanders, de 74 anos, está falando o que muitos americanos queriam ouvir. Ele conseguiu interpretar o descontentamento de grande parte da população e a crescente desigualdade social na maior potência do planeta.
Veja algumas de suas propostas que têm conquistado os americanos:
Saúde Pública
– Criação do que seria um sistema de saúde público que pudesse fazer frente contra as empresas que fornecem convênio médico nos Estados Unidos, conhecidas pela forma gananciosa de atuação no país.
Educacão gratuita e universal
Tornar o ensino norte-americano gratuito e livre, começando por ampliar o modelo de universidade pública e gratuita ao redor do país — algo que, segundo ele mesmo, fazia parte da cultura norte-americana até os anos 80, utilizando como exemplo a Universidade da Califórnia.
Fim do financiamento privado de campanhas eleitorais
– Acabar com a corrupção na política por meio do envolvimento de interesses privados, principalmente a forma como os grandes bancos e grandes corporações financiam as campanhas eleitorais nos Estados Unidos. Campanhas eleitorais passariam a ser de responsabilidade pública, acabando com qualquer tipo de envolvimento de interesses privados nas eleições.
Cartões de crédito e juros
– Reduzir os juros do cartão de crédito e as taxas cobradas pelos bancos. Para Sanders, os bancos e as companhias de cartão de crédito precisam parar de “extorquir o povo americano com a cobrança de juros altíssimos e taxas ultrajantes”.
Salário mínimo
– Piso nacional de salários de US$ 15 por hora, em vez dos atuais US$ 7,25. Sanders afirma que ninguém que trabalhe 40 horas por semana deveria viver em condição de pobreza.
Taxar os ricos
– Sanders espera pagar a maior parte de suas propostas com a criação de uma série de impostos e taxas, a maioria dos quais incidindo sobre os americanos ricos.
Fim do bipartidarismo
– Para Sandders, os americanos estão cansados do bipartidarismo, já que os dois partidos estão atados ao dinheiro das corporações.
Correios
– Permitir os correios de oferecer serviços bancários. Sanders quer transformar os correios em um banco estatal, justamente para atender às comunidades mais pobres que são ignoradas pelos bancos comerciais.
Banco Central
– Reforma do Banco Central (Federal Reserve). Propõe uma reforma no Banco Central norte-americano, de modo que este passe a atender aos interesses da população, ao invés dos grandes bancos.
Especulação financeira
– A criação de um imposto sobre a especulação no mercado financeiro. Os recursos do tributo seriam usados para tornar as faculdades e universidades públicas gratuitas.
Agência de Risco
– Reforma das Agências de Classificação de Risco. Sanders diz que estas companhias são como “raposas vigiando o galinheiro”. E ele promete intervir nas agências de classificação de risco, transformando-as em empresas sem fins lucrativos.
Bancos
– Acabar com os bancos “grandes demais para quebrar”. Propõe reeditar uma lei antitruste contra os grandes bancos. Promete logo no primeiro ano de mandato pedir ao Departamento do Tesouro uma lista das instituições financeiras cujo colapso representa um risco catastrófico para a economia dos Estados Unidos.
Bolsa de valores
– Criminalizar o atual modelo de negócios em Wall Street. Para Sanders, “a fraude se tornou o modelo de negócios em Wall Street. Não é uma exceção à regra. É a regra. E sem uma regulamentação mais rígida, é provável que os investidores e operadores em Wall Street continuem com o comportamento corrupto que todos já conhecemos”.
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