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Azevedo, Jabor, Magnoli, Merval e a opinião reacionária

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Se você liga o rádio, o que houve são os comentários patéticos de gente do naipe de Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli e outros da curriola.

Os retrógrados também tomaram conta da tv, com Boris Casoy, José Nêumanne Pinto e companhia espalhando suas ladainhas.

Nos jornais e nas revistas predominam a cantilena de indivíduos integrantes da súcia de Merval Pereira, Augusto Nunes e por aí vai.

As convicções dessa turma têm raízes na parcela do atraso desse país.

Na história brasileira sempre foi assim. Os inspiradores dessa trupe fizeram fileira contra a abolição da escravatura, um dos sistemas sócio-políticos mais monstruosos que já se conheceu. Antes da proclamação da República e mesmo depois do fim da monarquia, a cambada que deu origem a esse grupo que hoje monopoliza a mídia não mediu esforços para conter os avanços da nação.

É bem verdade que batalhadores pelo fim da escravidão, como José do Patrocínio, mesmo tendo apoiado os republicanos no início, depois acabaram caindo no conto dos monarquistas.

Recentemente, defensores do pensamento único imposto aos brasileiros derrubaram governos democráticos e tentaram perpetuar a ditadura militar.

Uma das exceções nos grandes veículos de comunicação nessa época de retrocesso era a Folha de S. Paulo. Vinha mantendo equilíbrio e, de forma equânime, dando espaço para opiniões dissonantes da mesmice midiática. Mas acabou virando farinha do mesmo saco.

A contratação de Reinaldo Azevedo, a voz mais perfeita do reacionarismo brasileiro, e de Demétrio Magnoli pela Folha sela a hegemonia do retrocesso na imprensa tupiniquim.

São eles que querem manter o país na condição de neocolônia das potências – leia-se EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Japão.

São eles que defendem a entrega de toda a riqueza nacional para as multinacionais estrangeiras a preços de banana.

São eles que não aceitam o acesso dos filhos de famílias pobres ao ensino básico e às universidades.

São eles que organizam “guerrilhas digitais” para impedir que as populações carentes e injustiçadas tenham à disposição médicos e serviços públicos de saúde e acesso a moradias de qualidade.

Enquanto países ricos, como França e EUA, debatem e tomam medidas no sentido de aumentar os impostos aos bilionários e desonerar os pobres, eles estão aí para reforçar a concentração de renda em um dos países mais desiguais do planeta.

Se dependêssemos dessa laia, voltaríamos ao modelo do período pré-revolução industrial, sem direitos sociais e trabalhistas. Não teríamos direito de organização nem de mobilização para mudar os rumos da nossa comunidade, do nosso bairro, da nossa cidade, estado, país e do mundo.

Em tempo: eles têm direito de expressar a opinião que bem ou mal entenderem. A mídia deveria dar espaço também para quem pensa diferente deles. Monopólio da opinião é má intenção.

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