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Reprodução do site Think Olga
Reprodução do site Think Olga| Foto:
Reprodução do site Think Olga

Reprodução do site Think Olga

A campanha #meuprimeiroassedio trouxe às claras o horror, a infâmia e a humilhação a que são submetidas milhões de crianças no Brasil. Desde que foi lançada pelo grupo Think Olga, cerca de 100 mil mulheres já narraram situações de violência.

Leitores que comentam os relatos das pessoas que sofreram assédio se dizem sentir enojados. Alguns chamam os abusadores de “monstros” e outros pedem prisão perpétua para determinados casos de abuso de crianças. Vítimas defendem que a lei permita levar os abusadores, mesmo muitos anos depois do ocorrido, à Justiça.

A campanha surgiu após a estreia do programa de tevê MasterChef Júnior, que reúne crianças de 9 a 13 anos cozinhando. Comentários com teor sexual direcionados a Valentina, uma das participantes do reality, de apenas 12 anos, fizeram com que muitas pessoas ficassem indignadas.

Uma das idealizadoras da campanha é Juliana de Faria, criadora do Think Olga. “Não temos que comemorar as violências, mas sim o fato de que essas mulheres se sentiram empoderadas (com poder) para falar a respeito”, declara ela.

Um fato que também chocou foi a manifestação de alguns homens zombando dos relatos das vítimas de abuso. Entre os comentários considerados infames está o do músico Roger, da banda Ultraje a Rigor.

Vale observar que manifestações como a do músico Roger são minoria. A maioria esmagadora vem se manifestando favoravelmente à campanha e demonstrando indignação com a monstruosidade a que são submetidas muitas crianças.

Um levantamento com base em 3.111 tuítes em que as mulheres mencionaram a idade que tinham quando sofreram o assédio mostra que a média de idade foi de 9,7 anos.

Algumas pessoas importantes do mundo da cultura, como a atriz Leticia Sabatella, decidiram se expor em apoio à campanha.

As organizadoras do #meuprimeiroassedio chamam a atenção para o fato de que as mulheres se sentem intimidadas e, para se preservar de julgamentos, sofrem em silêncio por uma violência que deixa marcas para a vida toda. Elas defendem que é fundamental não silenciar. Só assim será possível expor os abusadores e facilitar a punição.

Veja alguns relatos de vítimas:

Existem vários canais para denunciar abuso sexual:

#EuDenuncioAbusoInfantil

#Disque100

#ViolenciaInfantil

#Eudenuncio

#PrimeiroAbuso

 

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