O novo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se baseou na “política de gênero” para montar seu gabinete. Pela primeira vez na história do país, o ministério terá o mesmo número de ministros homens e mulheres. São 15 mulheres e 15 homens.
Muitas ministras terão papel de destaque. A ministra da Justiça será Jody Wilson-Raybould, uma indígena. Ela será a responsável por implementar a promessa do novo premiê de lançar uma investigação pública sobre desaparecimentos e assassinatos inexplicáveis de mulheres indígenas no país. Também comporá o gabinete Catherine McKenna, que chefiará o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.
Outro dado interessante, além de uma indígena, é a inclusão de imigrantes. Maryam Monsef, que fugiu do Afeganistão e passou a viver no Canadá como refugiada, ficará encarregada de comandar o que o novo primeiro-ministro chama de “reforma democrática” no país.
Trudeau é de família tradicional na política do Canadá. É filho de Pierre Elliott Trudeau, líder que mais tempo governou o país, de 20 de abril de 1968 a 3 de junho de 1979, e entre 3 de março de 1980 a 20 de junho de 1984.
O novo primeiro-ministro é considerado um centrista. Obteve uma vitória esmagadora sobre os conservadores, liderados por Stephen Harper, que ocupou o poder durante nove anos.
O Novo Partido Democrático, de esquerda, também saiu derrotado. Das 103 cadeiras conquistadas em 2011 – número que deu à legenda a condição de segunda força política do país –, o partido só conquistou 44 em 2015.
Entre os principais desafios do primeiro-ministro está recuperar a combalida economia do país e fazer a diplomacia canadense voltar a ter um papel de destaque no mundo. Trudeau terá ampla maioria no Parlamento, com 184 assentos de um total de 338.
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