Cármen Lúcia diz que assassinato de Marielle atinge todo mundo. Foto: Nelson Jr./STF| Foto:

Em entrevista exclusiva à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, veiculada nesta segunda-feira (19), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse que o STF vai julgar o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula assim que o ministro relator, Edson Fachin, “levar em mesa, ou na turma, como seria originariamente a competência”.

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“O Supremo examinará assim que o relator, o ministro Edson Fachin, levar em mesa, ou na turma, como seria originariamente a competência, ou afetando ao plenário. Quando o relator leva um habes corpus, que tem preferência constitucional, é uma ação nobre porque lida com a liberdade. Todo e qualquer cidadão, desde uma liderança tão significativa, tão expressiva, tão importante como o ex-presidente, como qualquer cidadão, tem o direito de ser julgado. E será julgado”, disse na entrevista ao jornalista e comentarista político da Itatiaia, Carlos Lindenberg.

A presidente do STF também falou sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, o encontro com o presidente Michel Temer e sobre ameaças que recebe.

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A Rádio Itatiaia colocou a íntegra da entrevista em seu site na internet e divulgou texto com alguns trechos da fala da Presidente do STF. Confira:

Assassinatos de Marielle e Anderson

“Toda forma de violência é uma negação do marco civilizatório que nós temos. Uma violência tal como apresentada no caso atinge todo mundo, porque significa que nós não damos conta de resolver as contrariedades e as contestações de forma civilizada. Mais do que isso, eu diria de forma humana. Então, choca muito todo mundo. E é preciso que a gente saiba qual o caminho que nós temos que percorrer ainda para que esse tipo de situação não aconteça, não se repita e que seja repelido veementemente o ato de violência.”

Ameaças

“Há sempre, em um clima como esse, pessoas que se manifestam, digamos, de maneira mais veemente. O que acontece quando chegam manifestações dessa natureza, expressões mais contundentes, que poderia parecer algum tipo de ameaça, a gente normalmente conduz à Secretaria de Segurança para que ela avalie se há algo a ser feito ou não.”

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Encontro com Temer

“O presidente me afirmou que precisava conversar exatamente sobre segurança pública. Eu venho lidando com isso no Conselho Nacional de Justiça por causa da questão prisional, exclusivamente, que é a pauta do poder judiciário. Não é pauta do poder judiciário questões afetas ao poder executivo. E o que aconteceu foi uma conversa entre presidentes de poderes. Tanto que foi público, estavam os jornalistas e nunca se cogitou de outro assunto que não fosse esse.”