Em carta ao povo brasileiro e aos senadores e senadoras divulgada nesta terça-feira, a presidente afastada Dilma Rousseff defendeu a realização de um plebiscito sobre novas eleições e a reforma política.
A presidente também classificou de golpe o impeachment.
“Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta”, diz a carta de Dilma.
Dilma também reconheceu erros no seu segundo mandato.
“Meu retorno poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política. Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment, me aproximei mais do povo, tive oprotunidade de ouvir seu reconhecimento, receber seu carinho. Ouvi críticas duras ao meu governo. Há erros cometidos e medidas políticas que não foram adotadas”, afirma.
A presidente afastada sugeriu ainda um “pacto nacional baseado em eleições livres e diretas” a fim de fortalecer “os valores do estado democrático de direito”.
O documento foi divulgado a 10 dias da votação do impeachment no Senado, marcado para o dia 25 de agosto.
Leia a íntegra da carta:
-
Decisão do STF de descriminalizar maconha gera confusão sobre abordagem policial
-
Black Lives Matter critica democratas por “unção” de Kamala Harris sem primárias
-
Preso do 8/1 com bipolaridade sofre surto após ameaças; laudo indica prisão domiciliar
-
Estudo revela cocaína no organismo de tubarões capturados na costa do RJ
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS