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Caetano Veloso levou uma estrondosa vaia no III Festival Internacional da Canção, em 1968, com a música É Proibido Proibir. Nesses tempos de proibições, vale a pena rever um trecho da letra:

Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças
Livros, sim…

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E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir…

A maioria da população da Suíça que participou de um referendo no domingo aprovou a proibição da construção de novos minaretes no país. Para quem não sabe, minaretes são aquelas torres que ficam altas nas mesquitas, usadas para convocar os fiéis para as orações.

Há pouco tempo, autoridades da União Europeia determinaram a retirada de crucifixos das escolas públicas da Itália. Na França, não é de hoje que o uso de véus nas escolas está proibido. E o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defende o banimento do uso da burca –traje usado por mulheres muçulmanas que cobre até o rosto. Nos EUA existe gente que defende a proibição de enfeites de Natal nas ruas.

Conheço pessoas que nunca vão a nenhuma igreja e tampouco gostam de religião, mas não se importam se as pessoas usam crucifixo ou véu. Também não estão preocupadas se constroem ou deixam de construir igrejas com imagens de santos ou mesquitas com minaretes.

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É bem verdade que em alguns lugares a colocação de símbolos religiosos não convém. Fixar crucifixos nas salas de aulas das escolas públicas, por exemplo, não fica bem. E os alunos que não são cristãos? Sabemos que no mundo há adeptos do budismo, do islamismo, da seicho-no-ie e de outras religiões.

Mas proibir a construção de minaretes é outra história. Se a moda pega, daqui a pouco vão proibir as pessoas de usar crucifixos, imagens de santos em casa e outros símbolos religiosos.