A morte do leão Cecil, um dos animais mais conhecidos da África, provocou revolta em todo o mundo e permitiu um debate global sobre a preservação da vida animal. Mas parece que não sensibilizou nem um pouco pessoas que, em pleno século 21, ainda têm o hábito de matar animais por prazer [um estranho prazer, por sinal].
Cecil foi abatido pelo dentista americano Walter James Palmer, numa caçada de horror que durou mais de 40 horas.
Agora, um caçador alemão matou o maior elefante do Zimbábue, mesmo país do leão Cecil. O abate foi noticiado pelo jornal The Telegraph e reproduzido pela mídia em todo o mundo.
De acordo com o The Telegraph, o turista teria pago o equivalente a 230 mil reais pela autorização para abater um elefante.
Conservacionistas da Parque Nacional Gonarezhou revelaram que cada presa do elefante, que tinha idade entre 40 e 60 anos, pesava 55 quilos.
Os dois casos retratam as dificuldades de se preservar os animais. O crescimento populacional, com a expansão dos desmatamentos, é um fator que pesa contra a fauna. A isso, soma-se outros problemas, como o tráfico de animais.
Relatório da organização não governamental WWF aponta que o comércio ilegal de animais selvagens movimenta cerca de US$ 19 bilhões anuais (mais de R$ 70 bilhões, em valores do dólar de hoje)
O dinheiro do tráfico de animais alimenta redes criminosas, compromete a segurança de países e acelera a extinção de espécies, relata a WWF.