Com as previsões nada animadoras, de queda de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e perto de 2% em 2016, Dilma Rousseff (PT) corre sério risco de entrar para a história como a presidente após a ditadura militar que teve o pior desempenho médio do PIB em seus governos.
A comparação, apesar de ser feita com base em períodos diferentes [Fernando Collor e Itamar Franco, por exemplo, governaram poucos anos, enquanto Lula e Fernando Henrique Cardoso foram oito anos cada], deve deixar Dilma, no mínimo, preocupada.
No primeiro mandato, de 2011 a 2014, o governo Dilma conseguiu crescimento de apenas 2,1% na média dos quatro anos. Só não é pior que Collor, que teve a proeza de cravar uma marca negativa, de -1,7%.
O melhor desempenho desde o fim de ditadura é do governo Lula (PT), com média superior a 4% nos oito anos.
Vale observar que o governo Lula registrou um PIB negativo em 2009, de -0,2%, mas foi compensado pela explosão de crescimento no ano seguinte, superando os 7%.
Para salvar Dilma do vexame, somente um fenômeno similar ao que ocorreu com Lula. A petista precisará de um crescimento médio acima de 5% nos dois últimos anos do seu mandato, o que não é uma meta impossível, mas difícil diante das conjunturas nacional e internacional.