Defensores do juiz Sergio Moro, encarregado das ações da Operação Lava Jato, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, começaram na segunda-feira (9) uma disputa para indicar os dois ao Prêmio Nobel da Paz 2018.
A campanha em defesa do nome de Lula é liderada Adolfo Pérez Esquivel, ativista, escritor e arquiteto argentino, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980 por sua atuação em defesa dos direitos humanos durante a ditadura militar argentina (1976-1983.
A carta, endereçada ao Comitê do prêmio na Noruega, contava com 169 mil assinaturas até 10h40 desta terça-feira. No documento, Esquivel afirma que a “Paz não é apenas a ausência de guerra, nem se trata de evitar a morte de uma ou muitas pessoas, a Paz também é dotar os povos de esperança de futuro”.
Esquivel afirma que o Prêmio deveria contemplar um personagem que fez tanto pela erradicação da fome, o que segundo ele, é um dos principais problemas do mundo contemporâneo. “Se trata de um flagelo e um crime que acomete os povos afetados pela pobreza (…) Por essa razão, se um governo nacional se converte em exemplo mundial de luta contra a pobreza e a desigualdade, contra a violência estrutural, merece um reconhecimento por sua contribuição à Paz na humanidade”.
A indicação de Moro é liderada pelo movimento denominado República de Curitiba. Até às 10h40 desta terça-feira contava com 8 mil assinaturas.
No site em defesa da indicação do nome de Moro, os integrantes do República de Curitiba apresentam um breve currículo do juiz e afirmam que ele “prendeu o maior corruPTo do Brasil, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Acabou de ser criada uma petição para o Lula ser o Nobel da Paz e resolvemos criar uma pedindo a indicação para o Juiz Sergio Moro que está mudando o Brasil e enchendo os brasileiros de esperança”, diz o texto de apresentação.
Apesar da mobilização dos dois lados, as chances de Lula e Moro ganharam o Nobel da Paz são consideradas por muitos analistas como quase nulas.
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