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Engenheiros da Petrobras se unem contra “entrega” da empresa

Foto: site da Petrobras (Foto: )
Foto: site da Petrobras

Foto: site da Petrobras

Engenheiros da Petrobras, integrantes da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), estão mobilizados para o que eles classificam de “desmonte” e “entrega” da Petrobrás ao capital internacional.

A AEPET entrou com pedido junto ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro em que solicita o impedimento de Pedro Parente na presidência da Petrobras. Na representação, a entidade aponta atos lesivos à Petrobras quando Parente era o presidente do Conselho de Administração da estatal, e também alerta sobre os riscos da venda do campo de Carcará, da BR Distribuidora, da Transpetro e da malha de gasodutos do sudeste, além de criticar a política de venda de ativos da Petrobras.

“A venda de ativos rentáveis compromete o fluxo de caixa futuro, entrega o mercado nacional aos competidores privados ou intermediários, fragiliza o desenvolvimento tecnológico soberano, transfere a propriedade de riquezas naturais finitas e estratégicas. A venda do petróleo do pré-sal, da infraestrutura de gasodutos, das unidades petroquímicas, dos terminais de GNL com as termelétricas associadas, da Liquigás Distribuidora de GLP e do controle da BR Distribuidora compromete o futuro da companhia”, diz o documento divulgado pela Associação dos Engenheiros da Petrobras entregue à direção da estatal e seus conselheiros.

O documento também ataca a corrupção que tomou conta da companhia. “A Petrobras foi vítima de um cartel de empreiteiros que através de políticos traficantes de interesses, executivos de aluguel, além dos banqueiros que lavam mais branco, formaram um grupo de bandidos que fraudou a companhia. Os recursos precisam ser recuperados e os responsáveis julgados e punidos. A corrupção precisa ser combatida com o fortalecimento institucional da companhia e não pode ser utilizada como pretexto para a entrega do patrimônio público a outros interesses privados, desta vez o das multinacionais do petróleo, fundos de investimento, bancos credores e suas agências de avaliação de risco”, diz a carta.

Pedro Parente não se manifestou sobre o movimento dos engenheiros.

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