Os constantes ataques de pessoas armadas contra pessoas inocentes e a campanha do presidente Barack Obama contra a disseminação de armas de fogo nos Estados Unidos parece que têm tido efeito contrário ao pretendido pelos defensores do desarmamento de civis e pacifistas.
A direção da Universidade do Texas (UT) acaba de anunciar que, a partir do início do próximo ano letivo, os estudantes poderão levar armas para as salas de aula.
A decisão foi tomada norma após aprovação nas duas câmaras legislativas do Texas que autoriza os alunos a portarem armas e inclui o livre porte de armas nas vias públicas.
A Universidade do Texas conta com cerca de 50 mil estudantes e é uma das maiores do país. Por ser pública, a instituição é obrigada a implementar a norma. As escolas particulares podem escolher se irão fazê-lo ou não, e a maioria rejeita tal medida.
O reitor da UT, William McRaven, é frontalmente contra a lei. “As armas não têm lugar em uma instituição de ensino superior cuja missão investigativa e educativa se baseia no debate e na liberdade de expressão”, afirmou McRaven a vários veículos de comunicação dos EUA.
A medida também recebeu a reação de professores. Steven Weinberg, único Nobel que a UT tem em seu corpo docente, vencedor do prêmio de Física em 1979, disse que vai proibir a entrada de estudantes armados em suas aulas.
Os defensores das armas argumentam que a medida pode salvar vidas, já que um estudante armado poderia prevenir um massacre.
A nova legislação entrará em vigor no 50º aniversário do dia mais triste da história da Universidade do Texas: um massacre protagonizado por um estudante que deixou 14 mortos e mais de 30 feridos no campus de Austin.
Para movimentos defensores do desarmamento, a decisão do Legislativo do Texas é um retrocesso e os EUA correm o risco de voltar à época do “bang bang”. Nesse caso, os conflitos passariam a ser resolvidos à bala, abandonando as instituições que construíram a sociedade moderna. Voltaríamos ao estágio da barbárie.
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