Imagem postada pela APP-Sindicato na internet para contestar a página "Direita Curitiba".| Foto:
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A APP-Sindicato dos Professores protocolou a abertura de um inquérito na Delegacia de Cibercrimes denunciando uma página do Facebook intitulada “Direita Curitiba” por ter divulgado um suposto protesto que estaria sendo marcado por professores do Paraná contra o juiz da Lava Jato Sérgio Moro.

De acordo com a entidade dos professores “sem qualquer argumento ou comprovação e um ódio exacerbado aos(as) trabalhadores(as), os(as) anônimos(as) administradores de uma página nas redes sociais intitulada ‘Direita Curitiba’ divulgaram uma  imagem tentando descaracterizar o grande ato que o Fórum de Lutas 29 de Abril realiza na próxima sexta (29)”.

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Em nota da página da APP, o secretário de Assuntos Jurídico da entidade, professor Mário Sergio de Souza, afirma que “houve uma difamação contra a APP-Sindicato, que é quando você atribui a alguém um ato que prejudica a sua reputação. No caso da postagem, além de informações falsas, há, inclusive, uma alteração na imagem, incluindo armas de fogo na logo da APP”.

Em resposta, os administradores da página intitulada “Direita Curitiba” publicaram uma nota em que se propõem “retirar o post caso a APP emita uma nota de apoio ao juiz Sergio Moro e Operação Lava Jato, assinada por toda sua diretoria. Além de assinarem um termo de compromisso de que dia 29 não irão fazer nenhum discurso contra o Impeachment e contra a Operação Lava Jato. Além de falarem publicamente em vídeo que a manifestação será única exclusivamente sobre o dia 29 de abril e não serão permitidas faixas e discursos favoráveis a Dilma Rouseff e o PT; que não serão aceitos integrantes do MST, mascarados e militantes violentos da CUT, UNE e UBES. Além disso, esperamos que a APP se posicione publicamente de que não é contra ou favorável ao Impeachment e não defende o PT”.

Para o advogado da APP, Arthur de Abreu, “há um crime (na publicação da página no Facebook) e queremos os culpados sejam punidos”.

O protesto de 29 de abril marcará um ano do “Massacre do Centro Cívico”, que deixou mais de 200 manifestantes feridos, em operação da Polícia Militar contra os professores do estado. Será um dia de paralisação geral no Estado, aprovado pelos diversos sindicatos que compõem o FES (Fórum das Entidades Sindicais). O ato, que terá a participação também de estudantes, cobrará mais direitos e melhoras no serviço público do Paraná.

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