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O desligamento da frequência FM começou nesta quarta-feira (12), na cidade de Bodø, no extremo norte do país, perto do Círculo Polar Ártico.

A Noruega está avançada no processo de digitalização dos serviços de rádio. Segundo o governo, restam apenas cinco emissoras nacionais de FM. Em compensação o país já tem 22 rádios nacionais digitais e planeja liberar mais 20.

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O desligamento das FMs tem um motivo claro: economia. O governo norueguês estima que a digitalização das emissoras nacionais de rádio gerará uma economia anual de cerca de US$ 25 milhões (cerca de R$ 80 milhões).

Além de reduzir custos, a rádio digital vai permitir melhor qualidade de áudio, programação mais diversa e plural, pelo menos é o que promete o governo.

Não é só a Noruega que caminha rumo à digitalização total dos serviços de rádio. Vários outros países da Europa e da Ásia também planejam uma transição para a rádio digital.

Mas há preocupação diante da possibilidade de muitos ouvintes deixarem de ouvir rádio, o que jogaria uma ducha de águia fria nos planos de digitalização.

Brasil

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No Brasil, a mudança se dá pela migração das antigas AMs para a frequência FM. Em novembro passado, o presidente Michel Temer assinou um termo aditivo que autoriza a migração de 240 rádios AM para a faixa FM.

A migração das rádios AM para FM foi determinada em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com o governo, 1.386 das 1.781 estações AM existentes no país já aderiram à migração, equivalente a 77% das emissoras que atuam nesta frequência.

As emissoras que aderiram à mudança devem apresentar um projeto técnico de instalação das novas frequências e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma permissão de uso. Para fazer a migração à faixa FM, as rádios AM terão que trocar seus sistemas de transmissão de sinal, que inclui transmissores, antenas e equipamentos auxiliares.