E o tempo que se perdeu? Há tempo para tudo, mas não parece suficiente. Dia sim dia não saímos em busca do tempo perdido.
Por gerações e gerações, as frases “Em busca do tempo perdido” e “Tinha uma pedra no meio do caminho” permanecem. Para muitos, viraram lugar comum. Talvez elas expliquem a eternidade de escritores, poetas, filósofos, cientistas, inventores, artistas, políticos e de todos aqueles que se propuseram a criar.
Na história dos direitos civis, Martin Luther King certamente pronunciou a frase mais emblemática da luta contra o racismo: I Have a Dream (Eu Tenho um Sonho) atravessará séculos e milênios.
Da tragédia Hamlet, de Shakespeare, a frase To be, or not to be, that is the question (Ser ou não ser, eis a questão) vem sendo repetida por séculos com um fundo filosófico.
E foi um filósofo que cravou a frase política mais famosa de todos os tempos. A sentença de Aristóteles “O homem é por natureza um animal político” percorreu mais de 2.300 anos e continua a preencher os discursos.
Dos horrores do mundo, um dito que ficou na memória da era moderna é atribuído a Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista: “Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”.
Quando Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) publicou o poema No Meio do Caminho, não foram poucas as ironias. Criticaram o poeta por usar o “tinha” em vez de “havia”. O tempo foi justo com Drummond e cruel com seus opositores.
A obra Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1871–1922), consumiu boa parte da vida do escritor. A sonoridade da frase que dá título aos sete volumes, em francês, impressiona: À la recherche du temps perdu.
Machado de Assis (1839—1908) deixou sua marca em Quincas Borba, com a célebre “Ao vencedor, as batatas”.
Há uma enorme dívida com escritores e poetas autores de frases que se popularizaram. Uma imensa multidão que recorre a elas para expressar seus sentimentos não sabe quem as escreveu.
“Tudo vale a pena se alma não é pequena” é outra dessas criações do gênio humano. Fernando Pessoa é inigualável. Sem dizer que aquele que consolidou a língua portuguesa popularizou a máxima de Pompeu: “Navegar é preciso; viver não é preciso”.
O cara que mais emplacou frases no mundo ocidental, ou pelo menos atribuíram a ele a autoria, foi Cristo. “Ame a teu próximo como a ti mesmo” é uma das minhas preferidas.
A lista é quase infinita. Grafe a sua frase para a eternidade, mesmo que seja só para você.
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