A divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (08), de que o índice oficial de inflação do país subiu para 1,62% em março deixa o Brasil numa situação ainda mais crítica em relação a outros países. A taxa de inflação anunciada supera a da Venezuela – país afundado em crise econômica e que até o ano passado era recordista da alta de preços no mundo –, mas ainda está abaixo do índice da Argentina, que tem previsão acima de 4% para o mesmo mês.
Com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 1,62% em março, o Brasil figura no topo da lista dos países com maior inflação do mundo. Só perde para nações afundadas na alta de preços, como o Sudão, atual recordista, Zimbábue, Argentina, Angola, Etiópia, Nigéria, Haiti e Azerbaijão.
De acordo com os dados apresentados pelo Banco Central da Venezuela (BCV) no último dia 6, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação venezuelana, foi de 1,4%.
Enquanto, em março, foi registrada no Brasil a maior alta de inflação para o mês desde 1994 (42,75%), anterior ao real, o BVC venezuelano informou que a taxa de março no país foi a menor registrada desde agosto de 2012.
A grande maioria dos países mantém a inflação anual abaixo de dois dígitos, apesar da alta generalizada em 2022. A China, por exemplo, trabalha com meta para terminar 2022 com aumento de apenas 3% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). E tudo indica que vai conseguir, considerando que nos primeiros meses deste ano o acumulado ficou em 0,9%.
Os EUA, pelo contrário, enfrentam uma onda de aumento da inflação desde março do ano passado. O acumulado de 12 meses saiu do patamar de 1,7% em fevereiro de 2021 para 7,87% em fevereiro de 2022. O Japão, que registrou vários meses de inflação negativa no primeiro semestre do ano passado, desde setembro viu os índices inflacionários subirem, mas o acumulado em 12 meses em fevereiro era de apenas 0,9%.
A estimativa na grande maioria dos países para março de 2022 é de alta da inflação, provocada pela disparada dos preços dos combustíveis, mas poucos fazem previsões de índice acima do divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (8).
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