“O Brasil está sendo uma piada pronta! Japonês da Federal, com tornozeleira eletrônica, conduz presos da Lava Jato.”
“É mais uma jabuticaba neste país. Não sei se é pra rir ou pra chorar!”
“O japonês da federal efetuando prisões de tornozeleira eletrônica é AULA DE BRASIL.”
As frases acima são o desabafo, em tom bastante irônico, de leitores ao ler a notícia de que o agente da Polícia Federal Newton Ishii, popularizado na Operação Lava Jato como o ‘Japonês da Federal’, voltou à cena.
Depois de ter sido condenado a 4 anos e dois meses por facilitação de contrabando na fronteira de Foz do Iguaçu (PR), o Japonês da Federal ressurgiu segunda-feira em Curitiba escoltando o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
Nesta terça-feira, o agente escoltou o pecuarista José Carlos Bumlai, que está usando tornozeleira eletrônica, monitoramento imposto pela Justiça.
O curioso (para muitos, bizarro) nessa história é que o Japonês da Federal também está usando tornozeleira eletrônica e é monitorado pela Justiça.
Ishii cumpre pena no regime semiaberto, deve ficar em casa entre 23h e 5h na semana e não pode sair no fim de semana. O agente não pode sair de Curitiba sem autorização prévia, mas pode trabalhar.
De acordo com a Polícia Federal, o agente realiza trabalhos administrativos na corporação e não existe determinação da Justiça que o impeça de realizar este tipo de trabalho (a condução de presos) eventualmente.
A notícia da volta do japonês da federal em destaque em vários jornais – O Globo (foto), O Estado de S. Paulo e outros – provocou críticas e deboches nas redes sociais.
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