Abdelhamid Abaaoud, o jovem belga de 28 anos apontado pela polícia francesa como o mentor dos ataques em Paris, pertencia a uma família de classe média de imigrantes do Marrocos, norte da África.
Seu pai, Omar, de 65 anos, é dono de uma loja de roupas na rua comercial de Molenbeek, bairro da zona oeste de Bruxelas habitado por maioria de imigrantes e onde Abaaoud cresceu. A família é amplamente conhecida no bairro.
“São comerciantes no bairro, participam da vida econômica e social. Gozam de um razoável nível de vida, não têm problemas econômicos”, disse ao jornal Le Parisien Ahmed el Khanoussi, deputado pelo distrito de Molenbeek
Abaaoud foi descrito por colegas de escola como um estudante tranquilo, despreocupado. Ele estudou numa das mais prestigiadas escolas de Bruxelas, a Saint-Pierre d’Uccle.
Amigos de infância declararam a vários jornais europeus que Abaaoud fumava grandes quantidades de maconha quando era adolescente e passou a roubar para manter o vício, o que provocou sua expulsão da escola.
Há cinco anos, Abaaoud e Salah Abdeslam, também acusado nos ataques em Paris e que estaria foragido, foram presos por assalto. Seu pai diz que a prisão teria contribuído pela radicalização do filho.
De acordo com a imprensa e autoridades francesas, falhas de inteligência permitiram que Abaaoud viajasse para a Síria em 2013 e em seguida retornasse à Bélgica através da Grécia. Ele foi capaz de deixar a Bélgica sem ser detectado e viajar para a Síria várias outras vezes.
Segundo jornal britânico The Telegraph, Abaaoud teria recrutado em 2014 seu irmão Younes (foto ao lado), de apenas 13 anos, que se tornou mais jovem integrante conhecido do Estado Islâmico, para desgosto de sua família.