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Logo do governo Temer exclui cinco estados e recria bandeira da ditadura
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Zé Rodrix – cantor, publicitário e escritor que morreu em 2009 –, se estivesse vivo, poderia mandar uns versos de sua música Soy Latino Americano ao publicitário Elsinho Mouco, responsável pela logo do governo Temer.

Na canção que virou hino para milhões de brasileiros nos anos de 1970, Zé Rodrix canta “o apressado come cru e eu como mais descansado/Soy latino americano
e nunca me engano
”.

Elsinho Mouco parece que comeu apressado. O logotipo do governo de Michel Temer se baseia em uma versão da bandeira do Brasil que vigorou durante ditadura militar. A logo tem apenas 22 estrelas, as quais representavam 22 estados. A versão atual tem 27 estrelas, que representam todos os estados e o Distrito Federal.

Numa volta ao passado autoritário, a gestão Temer extinguiu o Acre, que passou a aparecer na bandeira a partir de 1968, mais Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins, que só entraram na versão de 1992.

O logotipo do governo Temer destaca ainda a lema da bandeira “Ordem e progresso”, expressão que tem origem no positivismo – escola filosófica e religiosa fundada por Auguste Comte (1798-1857).

Antes da polêmica sobre as estrelas, o publicitário Elsinho Mouco revelou ao jornal Folha de S. Paulo que a nova marca do Governo Federal foi escolhida pelo filho de Temer, Michelzinho, de 7 anos.

Após a polêmica, o publicitário Elsinho Mouco disse à Folha de S. Paulo que a marca apresentada se tratava de “um layout, não estava finalizada”.

Para quem tem pressa em pegar os cargos do Governo Federal, aí vai a canção de Zé Rodrix:

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