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Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Ricardo Stuckert/Instituto Lula| Foto:
Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Em entrevista à Der Spiegel, principal revista alemã, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi taxativo ao falar da pressão sobre a força-tarefa da Lava Jato para prendê-lo: “Não tenho medo da prisão”.

“Um juiz investiga o senhor. O senhor não tem medo de ser preso?”, perguntou a Der Spiegel. “Não tenho medo da prisão”, respondeu Lula. “Preocupa-me muito mais o fato de, na nossa democracia, parecer ser possível se tornar uma vítima de mentiras desse tipo.”

Lula disse aos jornalistas da revista que casos de corrupção estão vindo à tona graças ao PT, que estabeleceu as bases legais para isso nos últimos anos. “A crise é um sinal de que o Brasil avançou na luta conta a corrupção. Um dia teremos orgulho do que está acontecendo no momento.”

Temer

O ex-presidente também fez duras críticas ao presidente interino Michel Temer. Para Lula, Temer já cometeu muitos erros e parece acreditar que “ficará no poder por 70 anos”.

“Ele trocou o comando de todos os postos importantes, dos ministérios, do Banco Central, da Petrobras. É absurdo”, criticou Lula. “Se a Dilma de fato voltar, vamos precisar de meio ano para contratar e dispensar gente de novo”, acrescentou.

Impeachment

Ao falar sobre o processo de impeachment em andamento contra a presidente Dilma Rousseff, Lula voltou a falar em “vingança”. “O impeachment foi um ato de vingança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o qual não ajudamos quando foi acusado de corrupção”, afirmou

O ex-presidente reforçou ainda que até agora não foi provado nenhum crime cometido por Dilma. “Essa coisa toda com o orçamento não passa de uma acusação barata. Quem está insatisfeito com o resultado das últimas eleições, deveria esperar pelas próximas”, afirmou.

Lula apontou a desaceleração econômica e uma “sociedade cada vez mais polarizada” como fatores que levaram ao processo de impeachment.

“Tudo isso se refletiu num Parlamento que não apenas bloqueou todos os projetos de lei do nosso governo, mas que também espreitava uma oportunidade de expulsar o PT, depois de quase 14 anos, do poder”, disse. “Parece que a democracia incomoda uma parcela da sociedade”, disse, referindo-se às “elites conservadoras.”

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