
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou para amanhã, quarta-feira (10), entrevista coletiva que havia sido marcada para esta terça-feira (9). O adiamento se deu pelo fato de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ter incluído na pauta da Segunda Turma análise do pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nas ações contra o petista.
Na entrevista, o ex-presidente falará sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal (STF) Edson Fachin, que anulou todas as condenações da Lava Jato contra ele. O pedido de adiamento foi feito pelo advogado de defesa de Lula, Cristiano Zanin Martins.
Na conversa com jornalistas, segundo líderes petistas próximos ao ex-presidente, ele deverá manter cautela ao falar sobre a candidatura à Presidência da República em 2022. Pela decisão de Fachin, Lula está hoje livre para se candidatar.
A entrevista coletiva foi marcada para a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde Lula se entregou à Polícia Federal em 2018 para ficar preso em Curitiba. O local também foi palco do discurso do ex-presidente quando ele foi solto, por decisão do STF, em 2019.
Oficialmente, até esta terça-feira (09) pela manhã, somente a defesa de Lula e o Instituto Lula haviam se manifestado oficialmente sobre a decisão e Fachin.
O ex-presidente teve uma conversa com Tereza Cruvinel logo após a decisão, segundo publicou a jornalista no portal Brasil 247, que se define como progressista e apoia Lula. Com passagens por vários veículos de imprensa brasileiros, como o Jornal do Brasil, o Globo e a Globonews, Cruvinel foi presidente Empresa Brasil de Comunicação (EBC) durante o governo Lula ereponsável pela implantação da TV Brasil.
“Na entrevista coletiva que dará nesta terça-feira (09), ele comentará a decisão do ministro Fachin, mas falará muito mais da tenebrosa situação nacional”, escreveu a jornalista ao adiantar que o ex-presidente não vai pedir indenização por ter “ficado preso ilegal e injustamente por 580 dias”.
Falta de vacinas, medidas de combate à pandemia, desemprego e alta dos preços de produtos de alimentação estão entre os temas a serem abordados pelo ex-presidente.
No relato da conversa que teve com Lula, Cruvinel também mostra cautela do ex-presidente ao comentar a candidatura em 2022. “Direi o óbvio: as convenções partidárias para a escolha de candidatos serão em junho de 2021. Falta mais de um ano”, disse o presidente, segundo Cruvinel.
Antes da decisão de Fachin, o nome mais cotado entre os petistas para concorrer à Presidência da República era do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad. Candidato em 2018, Haddad chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Jair Bolsonaro.
Logo após a anulação dos processos contra o ex-presidente, na segunda-feira (08), Haddad disse “a candidatura de Lula é uma decorrência natural”. Nas redes sociais, simpatizantes petistas pediram uma dobradinha com “Lula presidente e Haddad vice em 2022”.
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