Clipe de Madonna dançando sensualmente com cruzes queimando ao fundo. Livro com fotografias de Madonna nua. Madonna escritora de historinhas infantis. Madonna no papel de Evita Perón no cinema.
Essas são apenas algumas das faces da cantora pop que mais vendeu singles em toda a história da música.
Uma das explicações para o sucesso da menina de Bay City, Michigan, é a adaptação do artista contemporâneo às regras do mercado. Não é por menos que Madonna conquistou prêmios Grammy, Globo de Ouro e Oscar.
Como poucos no mundo pop, Madonna sabe fazer o jogo do consumismo. Os “escândalos” nos palcos, criados com perfeição para atrair a atenção de um mundo adulto e ansioso pelo novo, como no disco Like a Prayer, são compensados com livros bem comportados, com lições de boas maneiras às crianças, a exemplo de As Rosas Inglesas. As fotos eróticas, com poses sadomasoquista, vouyer, lésbica e pansexual, como se vê em Sex, são contrapostas à histórica Evita, símbolo da cultura política e mito da Argentina.
É assim que o mercado quer. O mundo globalizado precisa de fantasias como Madonna para consumir. E a indústria cultural precisa de artistas “versáteis” como Madonna para manter seus lucros.
Para a indústria cultural pós-moderna, valores morais e éticos não passam de cifras.
Lula mobiliza ministros para tentar conter crise deflagrada por fraude bilionária no INSS
Como funcionava a fraude contra aposentados e pensionistas do INSS
Moraes manda intimar Bolsonaro no hospital sobre abertura de ação penal após live do ex-presidente
Do comunismo à ideologia de gênero: os grandes embates dos últimos papas