O mapa da Organização Mundial de Saúde (OMS) com indicação dos países onde o zika vírus vem se propagando mostra claramente a tragédia da saúde pública e do saneamento na América Latina.
De acordo com a OMS, o vírus já chegou a 23 países e, rapidamente, deve afetar 4 milhões de pessoas, mais de 1,5 milhão no Brasil.
Para Marcos Espinal, diretor de Doenças Comunicáveis e Análise de Saúde da OMS, o nível de emergência é alto, e países não podem esperar para agir.
“Isso vai para todo lugar, não devemos esperar para agir”, disse Espinal.
Há quem tenta amenizar a tragédia dizendo que esse é um problema de países de clima tropical, o qual favorece a proliferação de insetos e, consequentemente, de doenças.
Esse argumento é um absurdo. Não é de hoje que foram descobertos a dengue e o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, mas muito pouco foi feito. Todo verão é um desespero.
O Aedes aegypti havia sido erradicado no Brasil nos anos de 1950, o que mostra o retrocesso do país em se tratando de saúde pública. Nas décadas de 1960 e 1970, ele voltou a se proliferar em todas as regiões brasileiras.
Desde o início do século passado se sabe que a dengue é transmitida por mosquitos do gênero Aedes. A forma grave de dengue tornou-se uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo nos anos 70 e o Brasil convive com epidemias de dengue desde os anos 80.
As autoridades públicas de todos os países da América Latina devem ser responsabilizadas pela calamidade do zika vírus.
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