Os principais jornais de Cuba, como o Granma, órgão oficial do Partido Comunista, se restringiram a divulgar a íntegra de uma nota do Ministério da Saúde sobre a vinda de médicos cubanos para o Brasil.
A nota do governo cubano faz a seguinte observação: “A motivação do Ministério da Saúde Pública de Cuba e dos médicos que optaram por ir para essa nação irmã é baseada no interesse mútuo de ambos os países, de solidariedade e de amizade com os povos do Brasil e da vontade de servir nos lugares onde eles são necessários”.
A chegada do primeiro grupo de profissionais foi registrada pelo diário Juventud Rebelde, editado pela juventude comunista. Não há citação das críticas das entidades médicas brasileiras. Também não informa sobre as ações judiciais contra os médicos estrangeiros.
Leia abaixo a íntegra da nota do governo cubano divulgada pelos jornais daquele país:
“Médicos cubanos prestarão serviços no Brasil
O Ministério da Saúde Pública de Cuba assinou um acordo de cooperação com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS)/Organização Mundial de Saúde (OMS) para a prestação de serviços de cuidados primários de saúde na República Federativa do Brasil, com base nos princípios de cooperação Sul-Sul.
Através deste acordo seguirão para este país neste fim de semana 400 médicos, que fazem parte de um contingente de 4.000 profissionais que devem chegar (ao Brasil) até o final de 2013.
O trabalho dos médicos cubanos no Brasil segue o modelo de cooperação internacional que o Ministério da Saúde Pública de Cuba tem com 58 países de diferentes continentes. Em todos os casos, o Ministério da Saúde Pública de Cuba organiza missões coletivas de serviços médicos, cujos profissionais mantêm seu vínculo de trabalho profissional, salarial e de seguridade social com o sistema de saúde cubano.
A motivação do Ministério da Saúde Pública de Cuba e dos médicos que optaram por ir para essa nação irmã é baseada no interesse mútuo de ambos os países, de solidariedade e de amizade com os povos do Brasil e da vontade de servir nos lugares onde eles são necessários, como tem sido feito ao longo de 50 anos de cooperação médica.
Ministério da Saúde
23 de agosto de 2013”
Tradução: Célio Martins
