Nos últimos tempos as mulheres conquistaram, a duras penas, alguns direitos negados durante séculos e milênios. São avanços como o direito ao voto, ao trabalho, ao estudo e tantos outros.
Nos países democráticos, um número representativo de mulheres chegou ao poder Executivo. Michelle Bachelet (Chile), Angela Merkel (Alemanha), Cristina Kirchner (Argentina) e Dilma Rousseff (Brasil) são alguns exemplos recentes. Os EUA caminham para eleger a primeira presidente (Hillary Clinton) de sua história.
Em novembro passado, o novo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, decidiu fazer uma composição paritária da sua equipe de governo. Dos 30 ministérios, 15 foram para mulheres.
O avanço nas políticas de diversidade e pluralidade também foi registrado na questão da participação dos negros. Os EUA elegeu por duas vezes seu primeiro presidente da República afrodescendente, Barack Obama.
Contrariando essa evolução da sociedade humana, o presidente interino Michel Temer (PMDB) decidiu voltar aos tempos do atraso e nomear um ministério só de homens.
A equipe de Temer forma quase dois times de futebol. Um verdadeiro “clube do bolinha”, para quem prefere o humor.
A “macholândia”, como está sendo chamada a nova equipe de governo, ignora a luta de séculos das mulheres de todo o mundo por igualdade de gênero.
Mas não é somente a representação das mulheres que foi desconsiderada por Temer. Na equipe do presidente interino não tem negro(a) nem indígena.
Nossos governantes não podem continuar achando que mulher tem de ser obrigatoriamente recatada e do lar e que lugar de negro(a) é na senzala e de índio, na floresta.
O novo governo começa a construir uma ponte para o passado.
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