A fama do escritor americano Nicholas Sparks, autor de best sellers como Diário de Uma Paixão, Um Amor Para Recordar e Querido John, reacende o debate sobre o que se convencionou chamar literatura comercial e alta literatura. A realidade é que os escritores populares vendem muito. Hoje e também no passado. Quando um autor rotulado de comercial chega ao topo, as edições de suas obras nunca ficam abaixo de um milhão de exemplares.
Nicholas Sparks, por exemplo, já vendeu cerca de 90 milhões de livros. Na última quinta-feira, no lançamento de seu novo romance, Uma Longa Jornada, o espaço da loja das Livrarias Curitiba no Shopping Palladium, em Curitiba, foi pequeno para receber tanta gente.
E não é diferente com outros autores, como Stephenie Meyer, da série Twilight (Crepúsculo). A norte-americana foi classificada como 49ª na lista da revista Time das “100 pessoas mais influentes em 2008”. A Forbes a classificou como a 59ª celebridade mais poderosa, com renda anual de US$ 40 milhões.
A lista é longa. O canadense William Paul Young, autor de A Cabana, também está no topo desse grupo de escritores que arrastam multidões por onde passam e vendem livros como se vende chocolate.
Não poderia ficar de fora dessa lista o brasileiro Paulo Coelho, de O Alquimista, que atrai leitores em todos os continentes.
Nicholas Sparks, Stephenie Meyer e outros contemporâneos são herdeiros de Harold Robbins, Agatha Christie e tantos outros.
E por que muitos autores consagrados pela crítica, que escreveram obras primas, não conseguem vencer as fronteiras do seu país? Muitas vezes, como no caso de escritores brasileiros, não saem nem mesmo dos seus estados.
Para muitos, a mídia é quem faz o sucesso dos populares. Há também quem acuse os escritores de alta literatura de escreverem para eles mesmos e para o pequeno círculo de estudiosos de literatura. Essa é uma conclusão simplista. O tema é complexo.
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