Protesto de alunos da UFPR por melhoria no ensino.
É “chover no molhado” dizer que a pobreza está relacionada ao investimento em educação. Todas as vezes que alguém toca no assunto, a conversa descamba para o eterno dilema do “ovo ou a galinha, quem surgiu primeiro?”.
Uns dizem que os países pobres não investem em educação por falta de recursos. Os opostos insistem que, por não investir os parcos recursos de que dispõem no ensino, esses países permanecem mergulhados na miséria.
Um dado é certo: a pobreza alimenta a ignorância e a falta de investimento em educação impede a superação da miséria.
Um relatório recente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) defende que a crise mundial seria facilmente enfrentada com mais investimento na educação universitária.
O documento, intitulado “Um olhar sobre a educação em 2009”, destaca que frequentar uma universidade permite ao estudante obter uma série de benefícios mais tarde, com maiores salários, mais saúde e menos vulnerabilidade ao desemprego.
Essa tese não é novidade. Há um consenso de que o caminho é destinar mais esforços na educação. Mas quando olhamos os gráficos, constatamos o abismo entre pobres e ricos na questão do ensino
Como base de comparação, os Estados Unidos destinam US$ 13 mil anuais por aluno matriculado no ensino superior. No Brasil, são US$ 2 mil dólares, e no Chile, pouco menos de US$ 3 mil por aluno. A Espanha gasta US$ 8 mil.
Como chegar lá se, no Brasil, não conseguimos investir o suficiente no ensino básico?