Desde que eu comecei a trabalhar como jornalista presenciei o desparecimento do telex, da máquina de datilografia, do fax, do filme fotográfico (película) e do revelador de fotos de papel, só para citar algumas das “máquinas” que tornaram possível levar notícia às pessoas.
Para quem nasceu depois dessa era, vale destacar que o telex era um aparelho ligado a um sistema internacional de comunicações escritas que prevaleceu até ao final do século 20. Consistia numa rede mundial com um plano de endereçamento numérico, com terminais únicos que poderia enviar uma mensagem escrita para qualquer outro terminal. Por incrível que pareça, ainda existe em alguns países. O telex foi um dos primórdios dos nossos computadores de hoje.
Na época do telex, muita gente dormia sonhando com aquele telegrama que poderia mudar a sua vida. Ou, muitas vezes, chegava aquele telegrama inesperado, que complicava tudo.
O fax proporcionou uma grande revolução nos anos 80 e 90 ao permitir a transferência remota de documentos através da rede telefônica. Com o telefax a vida ficou mais veloz. Era possível, finalmente, transmitir cópias de documentos em tempo recorde. Bastava uma ligação telefônica.
Todas essas tecnologias foram superadas pela internet. Com a web, veio o e-mail, a grande revolução do final do milênio. Pelo correio eletrônico, num clique, as pessoas passaram a enviar e reber dados instantaneamente.
Mas a superação não parou. Hoje, o e-mail está ameaçado por aplicativos, como o WatsApp, e sites de relacionamentos sociais, como o Facebook. A cada dia eu vejo a minha caixa de e-mail receber menos conteúdo ao mesmo tempo em que mais e mais informações (dados) chegam pelas redes sociais.
Para alguns visionários, o fim do uso do e-mail para transmitir informações é questão de poucos anos.
O interessante é que essa última etapa da revolução das comunicações veio com o celular. Com os aparelhos telefônicos conectatos por ondas, o mundo perdeu as amarras do telefone ligado por um fio, além de se desligar também do computador de mesa. Mas o telefone fixo, inventado no século 17, insiste em permanecer em uso mais de 150 anos depois.
O telefone fixo sofreu mudanças, é certo. Uma delas foi a passagem da discagem de pulso para a discagem de tom. Também ganhou os aparelhos sem fio, que na verdade continua ligado a uma linha telefônica. Mesmo asssim, todo mundo [ou quase todo mundo] mantém o seu telefone fixo em casa.
Vale uma pergunta final: até quando os desktops [computadores de mesa] vão servir para uso pessoal?
E olha que eu ainda gosto de escrever carta à mão e enviar pelo correio. hshshs
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