
A Justiça Federal quer bloquear diversos bens do jogador Neymar, em um valor total que atinge R$ 192 milhões. Entre os bloqueios, estão o jatinho, o iate e imóveis do jogador em São Paulo e em Santa Catarina.
O bloqueio de bens foi pedido pela Procuradoria da Fazenda Nacional, que acusa o atacante e seus parentes de não terem quitado dívidas de impostos entre os anos de 2011 e 2013. O valor dessa evasão seria de R$ 63,6 milhões. Em 25 de setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3ª região já havia ordenado o bloqueio de R$ 188 milhões.
O jogador e seus representantes legais negam irregularidades no pagamento de impostos e afirmam que todas as obrigações fiscais estão em dia.
Se Neymar deve ou não essa quantia em impostos, isso é uma questão para a Justiça decidir. Mas o caso do atacante da Seleção Brasileira serve para esquentar o debate sobre a sonegação de impostos no Brasil. De acordo com cálculos do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), de janeiro a outubro do ano passado foram sonegados R$ 420 bilhões em tributos no país, valor dez vezes superior ao previsto com a arrecadação da nova CPMF.
Em 2013 o total sonegado, segundo o Sinprofaz, chegou a R$ 415 bilhões, valor superior aos orçamentos federais de 2014 para as pastas de educação, desenvolvimento social e saúde, somados.
De acordo com os dados do Sinprofaz, a soma dos tributos devidos pelos brasileiros, constantes na Dívida Ativa da União, ultrapassa R$ 1,3 trilhão, quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB), de pouco mais de 4,8 trilhões. Mas procuradores admitem que esse montante deve ser muito maior, já que há várias formas de sonegação que não são possíveis de serem estimadas.
O levantamento do sindicato se baseia em dados da Receita Federal, outras análises específicas sobre cada tributo, para então elaborar uma média ponderada. Os tributos não pagos são relativos a impostos diretos – aqueles que não estão embutidos em produtos.
A entidade instalou um painel aos moldes do impostômetro, intitulado sonegômetro, que simula em tempo real o imposto sonegado no país. Só neste ano já passa de R$ 60 bilhões.
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