O Parque Tanguá e seus mirantes para ver o horizonte. Foto: Célio Martins| Foto:

Chegada das estações quentes faz dos parques da cidade o espaço preferido dos curitibanos

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Contato com a natureza, ar fresco, caminhadas e uma fuga da selva de pedra e das avenidas repletas de carros poluentes. Esses são motivos suficientes para quem procura os parques das grandes cidades. Mas não é só isso.

Em Curitiba, quando o sol brilha e o calor anuncia que o verão está chegando, parece até que todos os caminhos levam a algum dos mais de 40 parques e bosques da metrópole.

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Os grandes espaços verdes da cidade foram criados nos últimos 50 anos. No início da década de 1970 os curitibanos ganharam o Barigui e o São Lourenço, depois vieram Iguaçu (1976), Bacacheri (1988), Passaúna (1991 – mesmo ano de criação do Jardim Botânico), Tingui (1994) e Tanguá (1996), apenas para citar alguns. O mais novo é o Parque Vista Alegre, inaugurado em 2015.

Nos amplos espaços, com fontes de água, lagos, muito verde e vida silvestre, há opções de atividades para gostos variados. Fazer um churrasco com familiares e amigos é um dos hábitos preferidos dos curitibanos.

E quem disse que piquenique é coisa só de franceses? Nas margens dos lagos, sob as sombras da árvores, famílias e famílias se reúnem, estendem suas toalhas e compartilham as delícias de uma refeição ao ar livre.

Pistas para quem quer caminhar ou correr, pedalar, andar de patins ou skate não faltam. As “academias” a céu aberto fazem a cabeça – e o físico – dos que buscam ficar em forma.

Ah, passear com o pet?! Não tem problema, companhia não vai faltar para o seu bichinho de estimação, ou “bichão” peludo. A passarela é para todas as raças: maltês, labrador, basset, collie, bulldog, chihuahua, shih tzu, pastor, yorkshire, poodle… Só não vale esquecer de recolher a sujeira quando o amigo de pelo faz necessidades na grama.

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Aptidões

Cada parque também tem características próprias e, claro, públicos afins. Se você gosta de esportes náuticos, o Passaúna é a sua praia. A turma do “stand up paddle” – aquele esporte da moda com uma prancha e um remo – está lá até escurecer. Os times da canoa havaiana, do caiaque e do windsurf completam a diversão.

O cenário ideal para fotografias e selfies é o Jardim Botânico. O chafariz de água sobre a escultura “Amor Materno” com a cúpula de vidro ao fundo é disputadíssimo por visitantes locais e turistas, ansiosos para registrar aquele momento único.

No Bacacheri e no Iguaçu o céu ganha as cores das pipas, uma das diversões da criançada. E por falar em crianças, o Bosque Alemão traz o encanto dos pequenos. Na trilha João e Maria a turminha pode vivenciar um dos mais belos contos infantis. E tem ainda a Casa Encantada, com contos encenados por bruxas e fadas.

Se a onda for velocidade no asfalto, vamos lá na pista de carrinhos de rolimã do São Lourenço. Garotos e garotas – e barbados também – curtem as emoções da velocidade em suas “máquinas” adaptadas: pranchões de madeira movidos a rolamentos, quadros de bikes com pneus de kart e até pranchas de skate adaptadas com rodas de patins.

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Bom, se a procura não é por nada disso, se for para simplesmente descansar, os gramados nos convidam para tomar sol, pegar aquela cor. As arvores frondosas oferecem – sem cobrar nada – sombra e preguiça, basta se esparrar e mandar embora as preocupações.

Quando chega o fim do dia, qual o pôr do sol mais bonito da cidade? Um clima romântico e um tanto melancólico invade os points de observação. Cada um procura o seu cantinho para o último raio de luz ir embora no mirante do Passaúna, entre as torres do Tanguá e do ponto mais alto do Jardim Botânico, de onde se pode ver a nossa estrela se esconder atrás da cidade.

Nestes dias restantes da primavera e no verão dos próximos meses, deixe a rotina de lado pelo menos num fim de semana. Vá a um parque da cidade.

Espaços para flora e fauna

Os parques são muito mais que simples espaços para o lazer da população. Cada uma das áreas verdes, além de contribuir para a qualidade ambiental da cidade, representa um oásis onde a fauna e flora são preservadas em meio ao deserto de concreto e asfalto.

Nos parques de Curitiba a vida silvestre encontra seu refúgio. A presença de aves, mamíferos, repteis e anfíbios reforça a ideia de que é preciso conservar esses espaços.

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Alguns bichinhos como cutia, lagarto teiú, paca, tatu, lontra e preás dificilmente são vistos pelos visitantes, mas dividem conosco o território da cidade e quem for um bom observador poderá ter a agradável surpresa de contemplar esses nossos vizinhos urbanos. Os mais visíveis são as aves, como garças, patos silvestres, sabiás, quero-queros, saracuras e as famosas capivaras.

A prefeitura de Curitiba listou alguns dos animais mais comuns nos principais parques curitibanos. Entre os nomes de bichos, muitos podem soar estranhos para muita gente, como biguatinga, cisqueiro, pavó, jaçanã, socó-dorminhoco, boipeva, biguá e caxinguelê.

A flora dos parques também contribui para a biodiversidade do espaço em que vivemos o dia-a-dia. A araucária, árvore símbolo do Paraná, está presente em todos os parques, sem contar uma variedade de bromélias e outras plantas típicas da região.

Outras espécies da flora bastante comuns são erva-mate, pitangueira, guabirotuba, guabiroba, veludo, maria-mole, cambuí-do-brejo, mamica-de-porca, canela, carvalho, bracatinga, araçá, alfeneiro, estremosa, pinheiro-bravo, canela, pau-de-bugre, pitangueira, imbuia, cedro, cambuí, cambará eucaliptos, pinus e ipês amarelos. (CM)

Barigui, o mais visitado

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Não existe um número exato de pessoas que visitam os 43 parques e bosques, além do Jardim Botânico, diariamente. Mas a prefeitura de Curitiba faz uma estimativa que se aproxima da realidade.

O mais visitado é o Barigui, com público médio de 15 a 20 mil pessoas por dia nos fins de semana. Além de opção de lazer, o parque ajuda a regular a qualidade do ar enquanto que o seu imenso lago, com 230 mil metros quadrados, contribui para conter as enchentes do Rio Barigui.

O São Lourenço recebe de 10 mil a 15 mil pessoas aos fins de semana eTingui de 5 mil a 8 mil pessoas.

Em área, o Passaúna detém o título de maior parque da cidade, com 6,5 milhões de metros quadrados. Seu lago abastece boa parte da população de Curitiba com água potável.

 

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