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OEA, Unasul, Alba e Mercosul são contra o impeachment

O impeachment da presidente Dilma Rousseff é reprovado pelos principais organismos multilaterais do continente americano. As posições da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) sobre o pedido em discussão no Congresso vão do “processo sem fundamento” ao “golpe”.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, diz que se houvesse “a mínima acusação” sobre a honestidade de Dilma, “provavelmente seríamos os primeiros a apoiar um afastamento”. “Não existe qualquer acusação, qualquer mancha em termos de corrupção sobre a presidente Dilma Rousseff, então não há qualquer fundamento para avançar com um processo de destituição, definitivamente não”, ressaltou Almagro a jornalistas na Universidade de Georgetown, em Washington.

O secretário-geral da OEA destacou ainda que “há um mandato constitucional dado pelo povo à presidente que deve ser respeitado”.

No Mercosul, a maioria dos países que compõem o bloco se manifestou contra o impeachment. Dos cinco integrantes, Uruguai, Venezuela e Argentina decidiram pelo apoio governo brasileiro. Restou somente o Paraguai, país que ficou um período suspenso do bloco punido pela deposição do ex-presidente Fernando Lugo, em 2012.

O Mercosul avalia suspender o Brasil caso haja o impeachment de Dilma. A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, disse no último dia 26 de março que está sendo organizada uma reunião entre chanceleres dos países do Mercosul para tratar da crise brasileira.

A Unasul foi a primeira organização multilateral a se posicionar contra o impeachment. Em outubro do ano passado, durante visita ao Brasil, o secretário-geral da organização, Ernesto Samper, afirmou que a presidente tem legitimidade para terminar o mandato. “A posição de Unasul é muito clara: a presidente pode e deve terminar o seu mandato”, disse.

O posicionamento mais duro contra o afastamento de Dilma vem da Alba. A aliança, que conta com países de toda da América do Sul, América Central e Caribe, classifica o impeachment como um golpe contra a democracia e o estado de direito.O movimento da Alba é liderado pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, para quem “a oposição no Brasil quer voltar ao poder por meio de um golpe no Congresso”.

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