O feriado de Tiradentes sinalizou que um eventual governo do vice-presidente Michel Temer enfrentará um período dos mais conturbados da história recente do Brasil. Manifestações batizadas de “contra o golpe” ganharam as ruas do país e também do exterior.
O protesto mais numeroso foi registrado na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação, convocada pelas redes sociais, teve início às 18 horas em frente ao Museu de Arte de São Paulo, na capital paulista.
A multidão ocupou a pista no sentido da rua da Consolação e seguiu até a Praça do Ciclista. Em seguida, voltou até a avenida Paulista para finalizar o protesto em frente ao Parque Trianon. A PM não divulgou a estimativa dos presentes no ato.
Outro protesto foi registrado em frente da casa do vice-presidente Michel Temer (PMDB), no Alto de Pinheiros, bairro nobre na Zona Oeste de São Paulo. Em sua maioria jovens, os manifestantes estenderam faixas com a frase “Temer golpista”.
“Dia 21 de abril, dia do assassinado do líder da Inconfidência Mineira, TIRADENTES, que foi traído por um de seus aliados na luta Joaquim Silvério. Para marcar esse dia 21 deste ano, pedimos que vocês façam escrachos em todo o Brasil aos traidores atuais! Aos atuais: Joaquim Silvero. Traidores do povo! Traidores da Democracia”, escreveu o grupo na página do Facebook do Levante Popular da Juventude, corrdenador da ação #escracheumgolpista.
Fora do Brasil também houve protesto. Em Nova York, manifestantes receberam a presidente Dilma Rousseff com cartazes contra o que chamam de “golpe à democracia brasileira”.