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Manifestação contra o governo Temer, na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (15). Foto: Paulo Pinto.
Manifestação contra o governo Temer, na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (15). Foto: Paulo Pinto.| Foto:
Manifestação contra o governo Temer, na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (15). Foto: Paulo Pinto.

Manifestação contra o governo Temer, na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (15). Foto: Paulo Pinto.

O peemedebista Michel Temer, desde antes de assumir interinamente a Presidência da República, cometeu uma sequência de erros que, em pouco dias, começam a tornar o governo inviável.

As falhas premeditadas e conscientes de Temer já somam dezenas e representam claro retrocesso. Algumas delas são tão gritantes que desencadearam uma nova onda de protestos no país, como os ocorridos no fim de semana, em cidades de todas as regiões.

Entre os “equívocos” do governo Temer, 10 causaram maior polêmica:

1 – Nomeação de um ministério só com homens brancos, com exclusão de mulheres, negros e representantes de movimentos sociais e sindicais.

2 – Proposta de arrocho sobre a renda dos trabalhadores – maiores responsáveis pela impulsão da economia –, como o fim dos reajustes do salário mínimo acima da inflação e retirada de direitos trabalhistas.

3 – Composição de uma equipe de governo e uma base de apoio parlamentar com políticos envolvidos em graves acusações de corrupção.

4 – Nomeação para a Casa Civil do advogado Gustavo do Vale Rocha, que defende o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção.

5 – Ausência de proposta voltada à redistribuição de renda no país, com maior taxação aos mais ricos e à especulação, e menos tributos aos mais pobres e ao setor produtivo.

6 – Extinção de ministérios fundamentais para a organicidade da sociedade brasileira, como o Ministério da Cultura.

7 – Restrição à diversidade no país, com claro viés contra os movimentos que defendem direitos civis e a cidadania.

8 – Nomeação de um ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que demonstra não ter comprometimento com a não interferência no Ministério Público e que dá sinais claros de ser favorável à repressão aos movimentos sociais.

9 – Indicação do general Sérgio Westphalen Etchegoyen para ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional. O general é um crítico feroz dos trabalhos de investigação dos crimes da ditadura realizados pela Comissão Nacional da Verdade e seu pai, general Leo Guedes Etchegoyen, é acusado de violações de direitos humanos durante a ditadura militar.

10 – Ações para implementar um programa que vai reprimir a base monetária, o que eleva o risco de aumento da recessão, desemprego, investimentos e, consequentemente, a piora da economia.

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