Posse dos ministros do presidente interino Michel Temer. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil| Foto:
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Se cumprir o que disse o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de que se aparecer alguém do governo envolvido na Lava Jato “a pessoa terá de deixar a equipe”, vai sobrar bem pouco dos “notáveis” que o presidente interino Michel Temer escolheu.

A “regra” anunciada por Padilha é praticamente impossível de ser respeitada pelo fato de que todas as evidências até agora mostram que a equipe foi composta para atender interesses dos envolvidos na Lava Jato.

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A cada dia, os brasileiros acordam com novas denúncias envolvendo ministros de Temer. A queda de dois auxiliares diretos do presidente interino, Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), chegou a dar a falsa esperança de que haveria uma faxina. Mas não passou de ilusão.

Temer já demostrou que não tem vontade política para fazer uma limpeza. Mesmo que tivesse, não teria forças para isso. O governo foi montado para proteger acusados e os principais partidos da base de apoio (PMDB, PSDB, PP, DEM e PSD) estão envolvidos.

Defensores do governo argumentam que alguns ministros envolvidos também estiveram nos governos anteriores, de Dilma, Lula e FHC. Esse argumento não justifica a manutenção no cargo de investigados em irregularidades em um governo que “teoricamente” assumiu tendo o combate à corrupção como um de seus principais desafios.

Os citados de Temer
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) – Secretaria de Governo – citado na Lava Jato e em outras investigações
José Serra (PSDB-SP) – Relações Exteriores – citado na Lava Jato e em outras investigações
Henrique Alves (PMDB-RN) – Turismo – citado na Lava Jato e em outras investigações
Osmar Terra (PMDB-RS) – Desenvolvimento Social e Agrário – citado na Lava Jato e em outras investigações
Raul Jungmann (PPS-PE) – Defesa – citado na Lava Jato e em outras investigações
Bruno Araújo (PSDB-PE) – Cidades – citado na Lava Jato
Mendonça Filho (DEM-PE) – Educação – citado na Lava Jato
Ricardo Barros (PP-PR) – Saúde – citado na Lava Jato
Blairo Maggi (PP-MT) – Agricultura, Pecuária e Abastecimento – citado em outras investigações
Dyogo Oliveira – Planejamento, Desenvolv. e Gestão – citado em outras investigações (Zelotes)
Eliseu Padilha (PMDB-RS) – Casa Civil – citado em outras investigações
Helder Barbalho (PMDB-PA) – Integração Nacional – citado em outras investigações
Gilberto Kassab (PSD-SP) – Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – citado em outras investigações
Leonardo Picciani (PMDB-RJ) – Esporte – citado em outras investigações