Dos 73 partidos que estão em formação no Brasil, três deles estão adiantados. O Igualdade (IDE) e o Muda Brasil (MB) afirmam terem conseguido as cerca de 500 mil assinaturas de apoio necessário e já pediram o registro do estatuto no TSE. Outra agremiação que está a caminho para ser habilitada a disputar eleições é o Partido Nacional Corinthiano (PNC), isso mesmo, com “th” como o nome do timão, o Sport Club Corinthians Paulista.
No site do tribunal consta que o PNC tem cerca de 170 mil apoiamentos (assinaturas), mas a direção da sigla diz que são mais de 400 mil assinaturas, o que faltaria menos de 100 mil para atingir o mínimo exigido pela Justiça Eleitoral. O partido diz também que já está homologado em 9 estados.
O presidente do PNC, Juan Moreno, um integrante da torcida organizada Camisa 12, afirma que falta computar no TSE perto de 100 mil assinaturas em papel e outras 200 mil que estão em análise. “Dos mais de 70 partidos que deram entrada no TSE, só nós temos mais de 400 mil assinaturas”, afirma. “É demorado e dá trabalho criar um partido, mas nós vamos entrar no jogo das eleições.”
“Dizem que o Brasil tem muitos partidos, mas são menos de quarenta. Nos Estados Unidos são mais de 100 e na Inglaterra, mais de 80.”
Juan Moreno, presidente do Partido Nacional Corinthiano (PNC)
Ex-secretário de Meio Ambiente em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, Moreno era membro do Partido Verde (PV), mas teve sua filiação cancelada em 2011 pela Justiça Eleitoral ao tentar se filiar ao Partido Trabalhista Nacional (PTN) sem deixar a agremiação anterior. Ele rebate as críticas de que o Brasil tem muitos partidos. “Nos Estados Unidos são mais de 100 partidos e na Inglaterra, mais de 80”, argumenta. Moreno também ataca a tese de partido de aluguel.
Moreno diz também seu partido não tem nada a ver com partidos de aluguel. “A legislação mudou, se não tem parlamentar no partido não recebe fundo partidário, não tem recursos, não tem horário no rádio e na TV. Acabou o problema dos partidos de negócios”, rebate.
O corintiano apresenta também como argumento para a abertura de novos partidos o fato de as grandes siglas não darem espaço para novos. “Eu não teria a mínima chance de sair candidato a deputado federal, por exemplo, pelo PSDB, PT ou PMDB”, justifica.
Questionado se aceitaria o também corintiano Lula em seu partido, Moreno desconversa. “Somos um partido novo, queremos uma nova política. Não temos nenhum político conhecido na sigla. Não queremos nascer nesse clima de ódio, de raiva, que tomou conta do país. Prefiro não envolver o Lula ou outros políticos conhecidos.”