![Partidos rivais perdem filiados e PT vira ilha de crescimento Partidos políticos](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/01/02231652/Bandeira-PT-960x540.jpg)
A grande maioria dos partidos políticos brasileiros sofreu queda no número de filiados durante o ano de 2021. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os partidos políticos brasileiros registrados somavam 16,65 milhões de filiados em 2020. Em novembro de 2021 – última estatística disponível – o número caiu para 16,09 milhões, uma perda de quase 3,5%. Uma das raras exceções nesse cenário de fuga de filiados é o PT.
O Partido dos Trabalhadores superou 1,6 milhão de filiados em novembro último, número recorde para a legenda liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na comparação com os dados de 2020, houve ganho de cerca de 62 mil filiados, o que representa crescimento de 4%. O período de maior número de filiações da sigla ocorreu em maio de 2021.
![partidos políticos partidos políticos](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/01/02231948/Partidos-1-milh%C3%A3o.jpg)
Todos os outros grandes partidos perderam filiados no ano passado. As raras exceções de crescimento estão no grupo de pequenos partidos, assim mesmo com expansão insignificante. O Avante ganhou 2%, o Republicanos e o PSOL, apenas 1%.
Quando a comparação é feita pelo número total de filiados, o PT fica atrás apenas do MDB, que soma 2.128.305 filiados. Mas os dirigentes petistas apresentam outros números e dizem que o partido tem 2,3 milhões de eleitores em suas fileiras aptos a participar das deliberações internas da legenda.
Os dirigentes petistas ressaltam ainda pesquisa Datafolha, divulgada em 30 de dezembro passada, a qual aponta que o partido é o preferido de 28% dos entrevistados. Segundo o levantamento, em um distante segundo lugar aparecem empatados PSDB e MDB, ambos com 2% da preferência cada um.
Logo depois de MDB e PT, em terceiro lugar em número total de filiados é do PSDB, com 1.354.706 filiados, seguido de perto pelo PP, partido que dá sustentação ao governo Jair Bolsonaro (PL), com 1.321.885. Em quinto lugar aparece o PDT, sigla criada por Leonel Brizola e que tem Ciro Gomes (CE) como pré-candidato à presidência, com 1.152.254 de filiados.
![](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/01/02232233/Partidos-de-100-mil-1-milh%C3%A3o.jpg)
O partido que mais perdeu filiados foi o PSL, sigla pela qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu em 2018. O PSL pertencia ao grupo de partidos médios em termos de número de filiados, com mais de 460 mil em 2020, mas em 2021, após a debandada, entrou para o grupo de partidos nanicos, com apenas 74,8 mil filiados.
O PL, ao qual Bolsonaro se filiou para disputar a reeleição, também sofreu perda de filiados até novembro de 2021, caindo de 774,2 mil para 761,6 mil. O PL está na faixa de partidos médios, sendo a legenda com maior número de filiados entre as que estão acima de 100 mil e abaixo de 1 milhão. A expectativa dos dirigentes liberais é que, com a filiação de Bolsonaro, o partido entre para o grupo das siglas com mais de 1 milhão de filiados.
O Podemos, de Sergio Moro, também perdeu filiados nos primeiros 11 meses de 2021. O partido do ex-juiz somava 415,4 mil filiados em dezembro de 2020 e caiu para cerca de 408 mil em novembro do ano passado. Assim como o PL, que espera crescimento com Bolsonaro, o Podemos prevê ganhar filiados com a candidatura de Moro à Presidência da República.
![O PSL, ex-partido de Bolsonaro, foi o que mais perdeu filiados em 2021. O PSL, ex-partido de Bolsonaro, foi o que mais perdeu filiados em 2021.](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/01/02232256/Partidos-100-mil.jpg)
O PSOL é um caso raro de crescimento contínuo no número de filiados. Desde 2015, a legenda, que tem como um de seus líderes Guilherme Boulos, dobrou o número de pessoas que assinaram ficha de filiação. Em seis anos, a sigla passou de cerca de 113 mil filiados para 221,5 mil.
Dados do TSE, divulgados em junho de 2021, revelam baixa participação feminina e de jovens na política. Os números do Tribunal, com base em dados de abril, mostram que, embora sejam mais da metade do eleitorado, as mulheres representam cerca de 45% dos registrados em partidos políticos. Além disso, menos de 2% dos eleitores jovens até os 24 anos se interessaram em se unir a alguma agremiação partidária brasileira.
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