A prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) causou preocupação entre auxiliares e assessores do governo Temer e deputados e senadores ligados ao peemedebista. O motivo da apreensão é o risco de Cunha fazer um acordo de delação premiada para deixar a cadeia.
Na avaliação de fontes do governo federal, com a prisão determinada pelo juiz Sergio Moro, a possibilidade de Cunha fechar um acordo de delação é muito grande, ou seja, praticamente certa.
A questão que se levanta nos bastidores é se Cunha tem elementos que possa comprometer o presidente Michel Temer. O temor cresce diante do fato que Temer foi presidente do PMDB e sempre teve uma ligação muito próxima com o ex-presidente da Câmara dos Deputados.
O presidente Michel Temer decidiu antecipar seu retorno ao Brasil. O retorno da comitiva do presidente, que cumpria missão oficial em Tóquio, Japão, estava previsto para a manhã de quinta-feira, 20, no horário local, mas o embarque foi antecipado para esta quarta-feira, 19. A assessoria do Planalto não informou o motivo da antecipação.
Parlamentares da oposição relataram que muitos deputados federais aliados de Cunha estavam em estado de pânico após o despacho de Moro.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que caso Cunha assine acordo de delação, o governo Temer seria prejudicado.
“Se ele fizer uma delação, esse governo de Michel Temer não se sustenta por um dia”, declarou Lindbergh ao plenário do Senado lotado.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) também afirmou que um eventual acordo de colaboração premiada de Cunha poderia prejudicar Temer. “Cunha é a delação das delações, ele, sem dúvida, pode derrubar o governo do presidente Michel Temer”, disse.
O Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) afirmou que a prisão de Cunha representa a “queda da República” brasileira. “É a queda da República”, disse ao ser informado no plenário da Casa.
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