O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, que pôs fim ao kirchnerismo, deve sua fama inicial e sua fortuna ao império fundado pelo pai, o italiano Franco Macri, cujas empresas chegou a dirigir na década de 1990.
O conglomerado fundado por seu pai leva o nome da família Macri e atua em diversas áreas, como de automóveis, correio e indústria alimentícia.
O sucesso eleitoral, no entanto, veio do futebol. Torcedor fanático do Boca Juniors, Macri foi presidente do clube entre 1995 e 2007, um período de grandes conquistas. Durante sua gestão, a equipe ganhou 11 títulos internacionais em apenas 8 anos, e 17 no total, o que consagrou Macri como o presidente mais vitorioso do time do coração de Maradona, simpatizante de Cristina Kirchner.
A fase vitoriosa no Boca Juniors deu o impulso que Macri precisava para entrar na política.
Com o sucesso no Boca, Macri fundou em 2003 o Partido Compromisso para a Mudança, que serviu como base para a origem do PRO (Proposta Republicana), pelo qual chegou à Presidência do país.
Antes de ganhar a eleição para prefeitura de Buenos Aires, em 2007, foi deputado federal entre 2005 e 2007. Segundo levantamentos da Câmara, o presidente eleito participou de 32 das 53 reuniões da casa em 2006 e esteve ausente em 277 das 321 votações. No ano seguinte, Macri não participou de nenhuma votação na Câmara.
O presidente eleito é acusado de associação ilícita para espiar Sergio Burstein, familiar de vítima do atentado à AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina), e seu próprio cunhado, Néstor Daniel Leonardo. Em 2010, a denúncia contra Macri foi aceita e ele passou a responder na Justiça pelo caso. De acordo com a acusação, ele teria utilizado a estrutura da Polícia Metropolitana para realizar espionagem ilegal em conivência com funcionários de seu governo.
A defesa de Macri alega que não há provas suficientes de que ele esteja envolvido no esquema de espionagem.
Durante a campanha presidencial, Macri tentou suspender o processo, mas não conseguiu. A Justiça decidiu pela continuidade da ação.
Fã da banda inglesa Queen, Macri protagonizou um episódio bizarro ao imitar Freddie Mercury na televisão e até em sua própria festa de casamento com Awada. Durante a festa, o hoje presidente eleito se engasgou com bigode postiço que utilizava para imitar o líder do Queen, começou a sufocar e precisou ser socorrido por um de seus funcionários.
Outro episódio marcou a vida do presidente eleito da Argentina. Quando tinha 32 anos, em 1991, ele foi sequestrado. Ficou 12 dias em cativeiro até que seu pai pagou resgate de US$ 6 milhões.
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