Tirei os grampos, abri o envelope e de dentro retirei um livro. Mais um? Não. Era o livro do Roberto Nicolato, meu amigo de longas jornadas.
Folheio o livro, corro o olho aqui, cato uma frase ali, um parágrafo mais adiante, avanço uma página, outra. Miro contemplativo os desenhos de Bruna Squisatti, uma outra viagem.
Bem, é hora de fazer o jornal, me plugar no mundo da notícia de papel. Deixo a leitura de A Caminhada para a noite, ou para o fim de semana. Se não fizer jornal, não teremos manchete na banca.
Trechos de A Caminhada
“Na manhã seguinte, pegamos o barco e navegamos por quase uma hora pelas águas azuis do Titicaca até atingir a Isla do Sol. Ficamos sabendo que na outra ilha, Isla de la Luna, ficavam as virgens até o momento de serem sacrificadas nos rituais incas. Aquilo me causou certa estranheza. Como elas reagiam diante da possibilidade de uma morte marcada pela crueldade? Se entregariam sem resistência aos deuses para salvar o seu povo dos tempos de escassez e das calamidades?”
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“Depois de quase uma hora de viagem, o barco foi se aproximando de uma zona ainda escura, porém pontuada por luzes e foi então que percebi que estava chegando ao último reduto do povo inca, que sobreviveu ao período de colonização espanhola. O meu pé adiantou-se para fora do barco, tentei em vão algo para apoiá-lo, e percebi que ao primeiro passo iria me afundar”.
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