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Ser menina no Brasil é pior que em todos os países da América do Sul, mostra estudo

Menina síria em campo de refugiado na Jordânia. Foto: Save the Children (Foto: )

Suécia é o melhor país do mundo para ser menina, segundo relatório da ONG Save the Children

Menina síria em campo de refugiado na Jordânia. Foto:  Save the Children

Menina síria em campo de refugiado na Jordânia. Foto: Save the Children

Estudo da ONG Save the Children coloca o Brasil entre os piores países do mundo para ser uma menina. O país foi classificado em 102º lugar entre 144 pesquisados. O relatório foi divulgado por ocasião do Dia Internacional das Meninas.

O documento analisa índices de casamento infantil, gravidez na adolescência, acesso a direitos reprodutivos, escolaridade e participação de mulheres na política.

O relatório mostra ainda que o Brasil é o pior lugar da América do Sul para ser uma menina — na América Latina, fica na frente apenas de Guatemala e Haiti. O ranking é encabeçado por Suécia, Finlândia e Noruega. O primeiro da América Latina é Cuba, na 34ª.

De acordo com o documento, o Brasil aparece no ranking atrás de nações como Sudão, Iraque, Índia e Síria, que enfrentam duradouros conflitos internos ou recorrentes casos de abuso sexual, principalmente contra as mais novas.

Segundo a Save The Children, o Brasil, apesar de ser um país de classe média e a maior economia da América Latina, registra baixos índices de escolaridade secundária entre as meninas.

Outro problema no Brasil, de acordo com o estudo, é a falta de representação política das mulheres. A ONG se baseou em dados da Women in National Parliaments, que avalia a porcentagem de mulheres nos parlamentos em cada país, que colocou o Brasil como 155º dentre 187 países. Dentre os eleitos em 2014, menos de 10% dos parlamentares são mulheres.

O relatório revela também que, em todo o mundo, uma garota com menos de 15 anos se casa a cada sete segundos e que mais de 1 milhão de jovens dessa faixa etária se tornam mães a cada ano. Geralmente, essas meninas contraem matrimônio com homens muito mais velhos por causa da pobreza ou de normas discriminatórias.

Além disso, a cada 12 meses, 70 mil adolescentes entre 15 e 19 anos morrem por causas ligadas à gravidez ou ao parto.

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