Não é de hoje que o candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria Jr, posa ao lado do juiz federal Sergio Moro em momentos decisivos para suas campanhas eleitorais. Às vésperas da disputa pela prefeitura da capital paulista, em 2016, uma foto de Doria e Moro sorridentes, durante um evento promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, era tudo que o político tucano queria para impulsionar sua candidatura.
Agora a cena se repete. Às vésperas da disputa pelo governo de São Paulo, em que Dória é pré-candidato, o tucano e o juiz posaram para foto com as suas respectivas esposas durante entrega do prêmio de “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, no Museu de História Natural em Nova York, na terça-feira.
A nova foto gerou protestos nas redes sociais e uma série de questionamentos. Houve quem classificasse Moro de “garoto propaganda” de Dória.
Ao jornal O Globo, o juiz procurou minimizar as críticas. “São circunstâncias diferentes, estar em um evento social e tirar uma foto, não significa nada, acho uma bobagem isso”, disse. Bobagem ou não, o certo é Moro já confessou ter se arrependido de um episódio em que posou sorridente, em confabulação com o também tucano Aécio Neves, hoje envolvido em denúncias de corrupção.
Na democracia, todos têm direito de participar de quaisquer atividades legais. Mas, dependendo da posição de um determinado cidadão, recomenda-se cautela quando se trata da participação em eventos públicos que podem ter alguma conotação política partidária.
João Doria Jr. está em plena campanha para o governo de São Paulo e busca apoio da sociedade. Nessas circunstâncias, Moro serve como o cabo eleitoral perfeito.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS