A renda básica criada pelo governo do PT no Brasil, com média de pouco mais de R$ 100, permitiu um grande avanço no combate à pobreza, mas é humilhante quando comparada à proposta em discussão na Suíça.
O país europeu, que está entre os países com melhores indicadores sociais do mundo, vai fazer um referendo para implantar uma renda básica a partir de junho deste ano. A proposta garante uma remuneração fixada em 2.500 francos suíços — equivalente a R$ 8,9 mil, conforme cotação do Banco Central desta quarta-feira (25).
A “bolsa família suíça” seria distribuída entre cidadãos que têm rendimentos menor que este valor ou que estão fora do mercado de trabalho. De acordo com a proposta, a renda seria incondicional e livre de impostos.
Os que defendem a medida argumentam que a proposta é a solução dos problemas da soberania do capital e da automatização do trabalho. Os opositores alertam para os perigos de uma utopia impraticável. Como a Suíça é um país em que há democracia direta, quem vai decidir são os cidadãos.
Outros países europeus, com altos indicadores sociais e qualidade de vida, estão debatendo a implantação de uma renda mínima. A Finlândia estuda começar a pagar um “bolsa família” de cerca de mil euros (cerca de R$ 4 mil) por mês aos finlandeses a partir de 2017.
No Canadá, a província de Ontario implantou um projeto piloto para dar um cheque mensal que cubra o custo de vida dos cidadãos.
Na Holanda, Utrecht e outras cidades decidiram pagar de 900 euros por mês para uma pessoa sozinha a 1.300 euros por mês para um casal.
Nos EUA, a ideia tem apoiadores no Vale do Silício e a “simpatia” de Bernie Sanders, pré-candidato democrata à presidência.
Quando se cogita no governo Temer reduzir benefícios do bolsa família, fica evidente o retrocesso em que o país está se inserindo na questão da garantia de renda mínima aos seus cidadãos.
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