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Vacina nasal
Vacina nasal desenvolvida pela Universidade de Hong Kong está em estudo de fase II e pode ficar pronta até setembro.| Foto: Dibulgação/Universidade de Hong Kong

Atualmente no mundo os pesquisadores estão testando em humanos sete candidatas a vacina contra Covid-19 administradas por via nasal. Os dados são do painel da Organização Mundial de Saúde (OMS). Cientistas envolvidos nos projetos dizem que um imunizante contra coronavírus em forma de spray, caso venha a comprovar eficácia, traria uma série de vantagens, especialmente pela facilidade de aplicação, como ocorre com a vacina contra poliomielite – causadora da paralisia infantil –, que é administrada por via oral.

A candidata mais adiantada está sendo desenvolvida por meio de uma parceria entre a Universidade de Hong Kong, o laboratório chinês Beijing Wantai Biological Pharmacy e a Universidade Xiamen. O governo chinês autorizou os testes em humanos em setembro de 2020. Os estudos já passaram pela fase I e estão na fase II. Se eficaz, a previsão é que até setembro o imunizante ficará pronto.

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A biofarmacêutica Altimmune, com sede em Maryland (EUA), desenvolve a vacina nasal AdCovid.| Divulgação/Altimmune

Outras duas das sete candidatas a vacina nasal também estão um passo à frente. Uma delas é da empresa biofarmacêutica Altimmune, com sede em Gaithersburg, Maryland (EUA). A AdCovid, como foi batizada, segundo o laboratório norte-americano, provoca “imunidade local da mucosa na cavidade nasal, crítica para bloquear a infecção e propagação do vírus em sua origem”.

Outra vantagem da AdCovid, de acordo com a Altimmune, é o fato de o imunizante ser estável em temperatura ambiente por vários meses, o que permite distribuição sem refrigeração.

O ensaio clínico de fase I da AdCovid teve início em fevereiro de 2021 e está em fase de conclusão, já tendo iniciado os estudos de fase II. A biofarmacêutica promete antecipar a leitura de dados dos testes ainda neste trimestre.

Outra candidata adiantada é desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), de Cuba. Batizada com o nome Mambisa, o imunizante está sendo desenvolvido, segundo os pesquisadores, em plataforma de tecnologia de antígenos recombinantes, que tem como principais vantagens a segurança e a possibilidade de doses múltiplas para reforçar a resposta imune ao longo do tempo.

A candidata cubana Mambisa entrou na fase II de testes em humanos.
A candidata cubana Mambisa entrou na fase II de testes em humanos.| Divulgação/CIGB

A vacina Mambisa concluiu a fase I e já iniciou a fase II de testes com humanos. Segundo Gerardo Guillén Nieto, diretor do CIGB, na fase I de estudos a Mambisa foi testada em 88 voluntários e apresentou “bom nível de segurança”. Os resultados preliminares também revelaram uma “ação imunológica eficaz”. Cuba já tem uma vacina de aplicação via nasal registrada na OMS. É a HeberNasvac, a primeira obtida no mundo com essa característica contra uma doença infecciosa crônica, no caso a hepatite B crônica.

As outras quatro candidatas, ainda em estudos de fase I, estão sendo desenvolvidas pela Meissa Vaccines (Califórnia, EUA), Bharat Biotech (Índia), Universidade de Oxford (Reino Unido) e Codagenix/Serum Institute (Índia).

A Universidade de Oxford começou em março passado os testes clínicos da vacina contra Covid-19 na versão de spray nasal. O imunizante é desenvolvido em parceria com a empresa farmacêutica AstraZeneca, que já tem registrada a versão injetável.

Os cientistas estão testando a segurança e eficácia do spray. Eles acredita-se que o método pode proteger o organismo contra infecções virais melhor do que as injeções intramusculares, pois os sprays nasais podem atingir melhor as células imunológicas nos pulmões, garganta e nariz.

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