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Vacinação na China
| Foto: Xinhua.net

A China prevê atingir neste fim de semana a marca de 1 bilhão de doses de vacina contra Covid-19 aplicadas. A maior parte das pessoas recebeu o imunizante nos últimos dois meses, quando mais de 800 milhões de doses foram administradas.

Apesar de ser o país que mais aplicou vacina, a China ainda está atrás de alguns países quando a comparação é feita pela taxa de vacinados da população. Essa diferença ocorre pelo fato de a China ter cerca de 1,4 bilhão de habitantes.

No total, a China havia aplicado 966,6 milhões de doses de imunizantes contra Covid-19 até a última quinta-feira (17), segundo dados do portal Our World in Data. Esse número é três vezes maior que o dos Estados Unidos, com 314,9 milhões de doses. Em terceiro lugar vem a Índia, com 262,9 milhões de doses aplicadas e, em quarto, o Brasil, com 84,1 milhões de doses.

Vacinação na China
Em dois meses, China chega a 20 milhões de vacinados por dia.

A comparação feita pela taxa de vacinados mostra uma realidade diferente. Apesar do alto número de vacinas aplicadas, somente 50% da população chinesa recebeu pelo menos uma dose.  Em Israel e no Reino Unido, por exemplo, a taxa já supera os 60%. Nos Estados Unidos, mais da metade da população já foi vacinada com pelo menos uma dose. Outros países, como Itália e Alemanha, também estão na faixa de 50%, enquanto que no Brasil fica abaixo dos 30% da população.

A meta do governo chinês é vacinar 40% da população com as duas doses até o final de junho.

O número de doses aplicadas na China representa quase 40% dos cerca de 2,5 bilhões de doses administradas em todo o mundo. O ritmo de imunização no país acelerou de forma surpreendente. O primeiro milhão de doses foi registrado 27 de março, duas semanas atrás dos EUA.

A partir de maio os números da vacinação na China mudaram rapidamente, com mais de 500 milhões de doses administradas em 30 dias, segundo dados da Comissão Nacional de Saúde. Agora em junho, o país tem registrado até 20 milhões de vacinados por dia. Para efeito de comparação, em quatro dias a China administrou injeções contra Covid-19 equivalentes a todas as doses aplicadas no Brasil até agora.

Universitários são vacinados em Shangai.
Universitários são vacinados em Shangai.| Xinhua.net

A campanha de vacinação na China é um desafio num país com 1,4 bilhão de habitantes. Funcionários do governo vão aos bairros e regiões isoladas para convencer as pessoas a se vacinarem. Nas estatais e empresas em geral, os funcionários são incentivados pelos chefes a tomarem a vacina.

Os locais de vacinação têm oferecido benefícios que vão de vales de compras, mantimentos, sorvetes e até dinheiro. Há também o temor de punição para quem recusar a vacina, além da pressão de dirigentes de espaços coletivos, como shoppings, parques e grandes condomínios residências, para que todos se imunizem.

Medidas de incentivo à vacinação também são usadas em outros países. Nos Estados Unidos, autoridades locais têm oferecido prêmios de loteria de milhões de dólares.

A corrida da vacinação na China deve ganhar novo impulso diante da preocupação com um surto da variante Delta do coronavírus, uma versão mais transmissível identificada na Índia. O país aumentou produção das duas principais vacinas em uso, as produzidas pelas empresas Sinovac e Sinopharm, para cumprir a meta de vacinar totalmente 70% da população com duas doses, cerca de 980 milhões de pessoas, antes do fim do ano.

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