Um artigo do ex-chefe de gabinete da Presidência da República do governo FHC Xico Graziano colocou lenha na fogueira do debate sobre um possível plano do PSDB de assumir, já em 2017, a Presidência da República.
Para os defensores da tese, o plano dos tucanos antes do impeachment de Dilma Rousseff (PT) era apoiar o governo Temer e construir os alicerces para ganhar as eleições em 2018. Mas a ambição teria crescido nos últimos meses e as dificuldades de Temer no comando do país, mais o processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa Dilma/Temer, líderes do PSDB estariam propensos a pular do barco.
Para esses tucanos, retratados nas opiniões de Xico Graziano, a saída seria apoiar a queda de Temer no próximo ano para abrir caminho a FHC assumir a Presidência por meio do Congresso Nacional.
“Qual liderança poderá recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento? Como fazer a reforma política tão desejada? Quem conseguirá estabelecer conexão com a sociedade organizada nas redes? É o que todos querem saber. Creio que somente o ex-presidente FHC se legitima, pela vasta experiência, sensatez e sabedoria, para nos conduzir nessa difícil travessia”, diz Xico Graziano ao admitir que Temer está prestes a cair.
“Pode ser que a Justiça acelere o processo político e casse a chapa Dilma-Temer. Nesse caso, o Congresso elegeria um presidente-tampão. Seria Fernando Henrique, com certeza. Ele prepararia o caminho rumo ao porvir”, diz com todas as letras.
Para líderes da oposição, que votaram contra o impeachment, agora começa a aparecer o que estava tramado desde o início do movimento pela saída de Dilma: a conspiração do PSDB para assumir o governo central. Temer serviria apenas de “correia” transmissora do poder aos tucanos.
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