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Na década de 1970 Curitiba inovou no sistema de transporte coletivo. Jaime Lerner e sua equipe deram início ao que se transformaria no primeiro Bus Rapid Transit (BRT) do mundo.

A cidade cresceu, e muito, de lá para cá. Hoje temos 1,8 habitante para cada carro. Isso significa que se toda a população do município fosse colocada dentro de automóveis, cada um deles seria ocupado por menos de duas pessoas, em média. A mobilidade urbana é um dos grandes problemas nas cidades brasileiras, gerando poluição atmosférica e sonora, aumento do tempo no trânsito, e consequente redução da qualidade de vida dos cidadãos.

O Uber e outros aplicativos tecnológicos vêm como uma forma de utilizar a frota já existente para potencializar a cultura multi-modal de uma cidade. Em São Paulo e no Destrito Federal o formato já está regulamentado.

A Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara de Curitiba já deu parecer favorável no projeto de lei que pretende regulamentar o funcionamento de serviços de transporte privado e individual, como o Uber.

Os vereadores da capital paranaense pediram para que a Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pela gestão do transporte coletivo na cidade, dê um parecer sobre a regulamentação do transporte privado de passageiro, como o serviço prestado pelo Uber.

O iCities lidera uma petição pública a favor da regulamentação e já colheu mais de cinco mil assinaturas em menos de um mês (www.queremosuber.com.br). A verdade é que a petição escolheu o nome “Queremos Uber” porque o aplicativo de caronas é o mais conhecido em terras brasileiras, e é o único com operação em Curitiba. Mas o objetivo do abaixo-assinado é obter a regulamentação dos aplicativos de transporte e a aprovação do projeto de lei que tramita desde maio deste ano na Câmara Municipal de Curitiba.

 | Reprodução

Na linha do Uber estão desembarcando no Brasil – e em breve estarão em Curitiba – aplicativos como o Cabify e versões dos aplicativos 99táxis e Easy Taxi, com o mesmo modelo do Uber.

Em alguns casos, o carro acaba sendo um grande passivo financeiro, dados todos os encargos necessários para se manter o bem: IPVA, seguro obrigatório, licenciamento, manutenção, combustível, seguro, limpeza, estacionamento, dentre outros. A lógica hoje é ter o carro como um modal de transporte que eventualmente pode até gerar uma renda, como no caso do Fleety, em que é possível locar o carro para outro usuário via aplicativo.

A meta da petição pública é reunir 20 mil assinaturas de pessoas interessadas em regulamentar o aplicativo em Curitiba. A ideia é mostrar à prefeitura de Curitiba, à Urbs (que administra o transporte na cidade) e ao poder legislativo que há pessoas interessadas no serviço do Uber na capital. Figuram na petição o nome dos 17 vereadores que assinaram um projeto de lei para regulamentar o chamado “transporte individual privado”.



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